Na manhã desta terça-feira (13/6), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu em flagrante um homem de 33 anos suspeito de envolvimento em um esquema de fraude contra uma rede de supermercados que opera no DF, como parte da operação Vida Louca. A equipe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), em parceria com agentes da Delegacia de Polícia de Governador Valadares (MG), deflagraram a ação para o cumprimento de mandados de busca e apreensão, que resultou na prisão.
Em novembro de 2021, a DRCC descobriu uma fraude envolvendo uma empresa de tíquetes (vale alimentação) e a rede de supermercados. Causando prejuízo financeiro de R$ 1.576.843,48, a fraude foi perpetrada por criminosos residentes na cidade mineira.
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No esquema, os criminosos estabeleceram uma conta bancária falsa em nome do supermercado atacadista em uma instituição financeira e invadiram o sistema informático de tíquetes, substituindo a conta bancária real do supermercado pela falsa. Em poucos dias, todo o dinheiro proveniente dos tíquetes que iriam para o supermercado foi transferido para a conta falsa, que foi usada para distribuir o montante roubado para para várias contas de pessoas físicas em diferentes unidades da Federação, incluindo o Distrito Federal.
Ostentação
Conhecido pelo apelido de Portuga, o homem preso em flagrante foi identificado como principal arquiteto do golpe. O dinheiro adquirido de maneira criminosa foi usado por ele para fazer uma viagem turística com sua namorada para Dubai (Emirados Árabes Unidos).
Com registros amplamente divulgados nas redes sociais, o casal participou de várias festas em Dubai, gastando grande parte dos recursos roubados em eventos e compras de luxo. O homem já tem registros criminais anteriores por receptação, estelionato e formação de quadrilha.
Ao todo, essa parte da operação Vida Louca cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao criminoso, em Governador Valadares, incluindo a residência dele. Telefones, computadores, máquinas PINPAD, notebooks, munição de fuzil calibre 556, cartões bancários em nome de terceiros e documentos bancários também foram apreendidos.
Quatro pessoas são investigadas, que responderão por crimes de furto qualificado pelo uso de recursos cibernéticos, lavagem de dinheiro e organização criminosa, podendo pegar pena de até 25 anos de reclusão. Portuga foi preso em flagrante por causa da posse de munição de fuzil.
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