Maria Holanda Lopes Carvalho, mais conhecida apenas como professora Holanda, morreu aos 84 na noite deste domingo (11/6). A educadora estava internada há mais de quatro meses em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e encontrava-se com a saúde debilitada por uma sequência de infecções contraídas no período. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento da professora.
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Holanda nasceu no Ceará e foi criada na Paraíba. Em 1975, ela chegou ao Distrito Federal em busca de melhores condições de vida e logo construiu a vida como professora. Ela lecionava artes no setor M Norte, em Taguatinga. Aposentada desde 1994, ela foi prestigiada com os títulos de Cidadã Honorária de Taguatinga, em 2011, e de Brasília, em 2013.
Mesmo após se aposentar, a professora Holanda se manteve na ativa pela luta dos direitos dos professores da rede pública do DF. Em nota de pesar, o Sindicato do Professores do DF (Sinpro-DF) destacou que “Holanda sabia como ninguém se reconhecer em sua categoria e, sobretudo, lutar por ela. Em cima do carro de som ou na multidão, segurando cartazes e recitando versos, ela instigava quem quer que fosse a perceber criticamente o sistema que vivemos e a ter a coragem e a consciência necessárias para enfrentá-lo”.
Em 9 de fevereiro, no aniversário de 84 anos da educadora, o Sinpro-DF emitiu nota de parabenização. Na oportunidade, a professora disse: “Se eu nascesse outra vez, seria professora”. O sindicato ressaltou ainda o amor de Holanda pela profissão.
Maria Holanda teve quatro filhos, sendo que dois morreram, e nove netos. Josceline Lopes Carvalho morreu aos 35 anos, no parto do único filho, e Joselito Lopes Carvalho morreu em 2022, por complicações da covid-19. Maria Holanda deixa os filhos Jaqueline Lopes Carvalho e Jodelmá Lopes Carvalho.