crime

Polícia investiga envolvimento de sequestrador com rede de pedofilia

Além da participação em esquema de estupro e material pornográfico de crianças e adolescentes, a PCDF investiga se Daniel Bittar fez outras vítimas

Aline Brito
postado em 29/06/2023 21:01 / atualizado em 29/06/2023 21:25
 (crédito:  Reprodução/ Redes sociais)
(crédito: Reprodução/ Redes sociais)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga se Daniel Moraes Bittar, preso nesta quinta-feira (29/6) acusado de sequestrar e estuprar uma adolescente de 12 anos, está envolvido com rede de pedofilia. De acordo com João Guilherme Medeiros Carvalho, delegado da 2ª Delegacia de Polícia, da Asa Norte, a possibilidade não é descartada.

A organização de Daniel e da cúmplice, Geisy de Souza, de 22 anos, para raptar a adolescente chamou a atenção da polícia. No apartamento do acusado, foram encontradas uma garrafa de clorofórmio, usada para desmaiar a vítima; fita silver-tape, que seria para vedar a boca da menina; a mala usada no crime e uma máquina portátil de choque.

Os objetos e a forma de agir da dupla levantaram a suspeita de que a adolescente de 12 anos possa não ser a única vítima de Daniel. Além disso, objetos sexuais e aparelhos de filmagem foram apreendidos pela polícia no apartamento em que o autor morava, e passarão por perícia para identificar se existe realmente a ligação com uma organização criminosa.

Segundo o delegado responsável pelo caso, a polícia está investigando se Daniel fez outras vítimas. “Há uma possibilidade de outras vítimas, mas essa é uma parte em que será dada continuação às investigações”, disse Carvalho.

Daniel foi preso na madrugada desta quinta-feira (29/6) depois de sequestrar e manter em cárcere privado por cerca de 12h uma adolescente de 12 anos. Geisy foi presa na manhã do mesmo dia, por volta das 10h. Ambos responderão por cárcere privado qualificado e estupro de vulnerável.

Daniel alega ter problemas psicológicos 

Em coletiva de imprensa, o delegado João Guilherme Medeiros Carvalho revelou que Daniel alegou, em depoimento, ter problemas psicológicos. “Ele alegou desvio psicológico e que, por isso, precisaria de uma intervenção para frear esse ímpeto dele”, contou a autoridade policial.

Daniel e Geisy se conhecem há cerca de dois anos, sendo que, entre janeiro e fevereiro deste ano, eles moraram juntos. Ainda não foi possível determinar se a relação dos dois era, de fato, amorosa, uma vez que ambos negaram terem relações sexuais. No entanto, a polícia comprovou, por meio de extrato bancário, que Daniel realizou diversas transferências de dinheiro para a co-autora.

“Ela disse que recebia dinheiro do Daniel em troca de fotos de nudez. Tanto ele como ela afirmaram que nunca tiveram relações sexuais, mas fato é que há transferências em dinheiro dele para ela”, ressaltou o delegado. Geisy está grávida de seis meses, mas não se sabe quem é o pai. 


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