Tio de consideração da menina sequestrada no Jardim Ingá, e estuprada pelo servidor público Daniel Moraes Bittar, 42, na Asa Norte, um policial militar do 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Valparaíso de Goiás, que não quis se identificar, afirmou ao Correio que ajudou os PMs a encontrarem o suspeito nessa quarta-feira (28/6). "O suspeito estava de cueca no momento da abordagem, no apartamento dele. Ele até perguntou o que a gente queria e pediu para nós (policiais) esperarmos para abrir a porta", relembra.
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Cerca de cinco a sete minutos depois, os policiais tiveram que bater forte na porta para ele abrir. Em seguida, desceu com a equipe do bloco C da 411 Norte para ir até o carro passar por questionamentos dos PMs.
Na conversa, ele mostrou onde estava a mochila preta e rosa da garota e começou a relatar o sequestro e estupro. "Ele entregou toda a situação de que ela estava trancada no quarto, algemada, dopada e nua na parte de baixo. Foi um alívio quando ela me viu, ela disse: 'graças a Deus!'", relembra.
Com indignação pela situação passada pela criança, o tio da criança considera o caso um crime bárbaro. "É uma coisa de animal selvagem, que dá uma raiva enorme", desabafa.
Morador de Valparaíso de Goiás, o tio da menina conta que ajudou policiais militares do Grupo Tático Operacional (Gtop) da Polícia Militar do DF desde o início do caso. Segundo ele, a menina sempre vai para a escola, com colegas, pelo mesmo caminho, mas uma delas pediu pra ir mais tarde, e a adolescente pegou o caminho sozinha.
Uso do serviço de inteligência
Quando o suspeito a pegou na rua e a levou para dentro de um Ecosport preto, moradores da região relataram ao tio da vítima que se tratava da menina, que desmaiou quando a comparsa de Daniel colocou um pano no rosto dela. "Disseram que colocaram ela dentro uma mala de viagem no banco de trás e foram para a Asa Norte. Confirmei a imagem do carro e a placa com a nossa equipe de inteligência do 20º BPM", relata.
O policial lembra que a família estava desesperada atrás da menina. "Verificamos se alguém no colégio a tinha visto, mandamos mensagem em grupos de celular do colégio para ver se alguém soube do paradeiro nas redes sociais, mas não achamos", diz.
Na tarde desta quinta-feira (29/6), a criança foi atendida no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), onde tomou coquetel contra HIV, fez exames de sangue e passou por um protocolo clínico para pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
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