Feminicida Jonas Patáxia é preso em Águas Lindas e confessa o crime

O assassino de 29 anos confessou o crime e disse que a motivação foi ciúmes, sem apontar qualquer episódio específico

Naum Giló; Pablo Giovanni

postado em 27/06/2023 16:17 / atualizado em 27/06/2023 17:20

(crédito: Arquivo pessoal)

Jonas Costa Patáxia, 29 anos, acusado de matar a ex-companheira Emily Talita da Silva, 20, no último sábado (24/6), no Sol Nascente, foi preso nesta terça-feira (27/6), por volta das 13h50. O acusado foi encontrado em via pública, próximo a uma distribuidora de bebidas, em Águas Lindas de Goiás.  

Ele foi levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II), em Ceilândia, onde prestou depoimento. Segundo a delegada-chefe do Deam 2, Letízia Lourenço, Jonas confessou o crime e está preso preventivamente, ou seja, deve ficar em reclusão durante o decorrer do processo. "Ele também disse que nunca foi ex de Emily e apontou ciúmes como o motivo de ter cometido o assassinato, sem falar de qualquer episódio específico", diz a delegada. 

O delegado Ronney Matsui, também da Deam 2, informou ao Correio que Jonas desferiu uma facada em Emily após uma discussão potencializada pelo uso abusivo de álcool e drogas. "Mas ficou claro que o autor premeditou o crime. Ele foi em casa momentos antes para buscar a arma do crime. Ele queria que ela fosse com ele para casa depois de passarem o dia ingerindo bebida alcoólica, no que ela recusou. 

Ainda de acordo com Matsui, Jonas passou os dias foragido em diversos locais, como P Sul e PRODF, e por fim foi localizado próximo a uma distribuidora de bebidas em Águas Lindas. 

Após o encerramento dos procedimentos do depoimento, Jonas foi conduzido para a carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). 

O crime

O crime ocorreu na madrugada do sexta-feira (23/6) para sábado (24/6), na Chácara 64, no Sol Nascente. Ela comemorava o aniversário com algumas amigas quando o suspeito, que também estava no local, se desentendeu com a vítima e a esfaqueou pelas costas. A jovem não resistiu ao ferimento e morreu ainda no local.

Jonas estava impedido pela Justiça de se aproximar e de se comunicar com a vítima. No mês passado, Emily registrou um boletim de ocorrência contra o assassino na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II), de Ceilândia. Nele, ela explicou que Jonas a agrediu com tapas, além de puxões de cabelo. O agressor ainda ameaçou atropelar a vítima.

Emily é a 17° vítima de feminicídio no Distrito Federal em 2023. Mais uma com medida protetiva, conforme informado pelos familiares da vítima.