A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (27/6), uma operação contra um grupo responsável por fraudes em aplicativos financeiros. Na ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos para descobrir como eles tomaram conhecimento de tal procedimento ilícito. No DF, o valor total da fraude feita pelos criminosos está em aproximadamente R$ 3 milhões.
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Com apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará, os policiais civis do DF deflagraram a terceira fase da Operação “Payback” na cidade de Fortaleza (CE). A ação, que tem como objetivo entender como os criminosos exploraram a vulnerabilidade nos aplicativos financeiro, também está relacionada à subtração de valores pertencentes a uma instituição financeira ocorrida em março, a partir da exploração de um erro verificado no aplicativo “internet mobile banking”.
Segundo as investigações, em um período de tempo, tal erro no aplicativo permitiu que o cancelamento de operações de simples agendamento de Pix creditasse, indevidamente, o valor na conta do titular. Depois de creditados, os valores eram transferidos para contas diversas ou utilizados para pagamento de boletos e compras.
“A operação está relacionada à subtração de valores pertencentes à instituição financeira distrital, onde golpistas exploraram a vulnerabilidade do sistema do aplicativo do banco, conseguindo cancelar pix agendados e retornar valores que não existiam nas suas contas originariamente”, explica o delegado de polícia da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Tell Marzal. Na ação, foram apreendidos diversos aparelhos de informática que serão periciados pelo instituto de criminalística.
A ação contou também com a atuação dos promotores de justiça do Núcleo de Combate ao Crime Cibernético do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), a operação contou com 25 policiais civis, sendo que todas as medidas foram cumpridas em Fortaleza.
“Os infratores responderão pelo crime de furto mediante fraude eletrônica, cuja pena soma até oito anos de prisão”, destaca o delegado. O nome da operação, “Payback”, faz referência à tradução da palavra inglesa ‘retorno’. Dentro do universo dos negócios, o termo designa um cálculo que prevê o tempo necessário para que o investimento inicial seja recuperado.
Outras fases
No dia 19 de maio do ano passado, a PCDF deflagrou a primeira fase da Operação “Payback”. Na oportunidade, foram cumpridos 50 mandados judiciais, sendo 29 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão temporária.
Já na segunda fase da Operação “Payback”, que aconteceu em junho do mesmo ano, os policiais civis cumpriram 10 mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão e cinco de prisão temporária.
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