Crime cibernético

Suspeitos de ataques a sites do governo são alvos de operação da PCDF

Segundo as investigações, ao invadir as páginas na internet, os criminosos causavam a interrupção dos serviços, além de ter acesso a bancos de dados vinculados à segurança pública de vários estados da Federação

Correio Braziliense
postado em 27/06/2023 10:25 / atualizado em 27/06/2023 10:53
 (crédito: PCDF/ Divulgação)
(crédito: PCDF/ Divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, na manhã desta terça-feira (27/6), dois mandados de busca e apreensão contra dois suspeitos investigados por ataques cibernéticos a sites públicos do governo. Segundo as investigações, ao invadir as páginas na internet, eles causavam a interrupção dos serviços. As ordens foram cumpridas em Taguatinga e na cidade de Fortaleza (CE).

Chamada de Operação Inceptum, a ação teve como objetivo desarticular um grupo cyber criminoso que atuava diretamente em ataques a plataformas governamentais. De acordo com a polícia, os dois investigados pertenciam a um grupo criminoso conhecido como The Cyber Máfia, que foi responsável por centenas de ataques cibernéticos ocorridos nos últimos meses.

Os criminosos invadiam os sites públicos e causavam a interrupção dos serviços. No DF, o último ataque do grupo ocorreu no dia 18 de outubro do ano passado. Na ocasião, a rede interna do Governo do DF, conhecida como GDFNet, foi alvo do ataque cibernético.

Durante a busca na casa do investigado residente no Ceará, a polícia encontrou um computador com centenas de credenciais que forneciam acesso a sites e bancos de dados vinculados à segurança pública de vários Estados da Federação. O criminoso morador da região de Taguatinga também realizava venda de documento público falsificado, como certidão de óbito falso e carteira de vacinação.

Segundo a polícia, em posse das credenciais, os criminosos podiam acessar bancos de dados de diversas polícias, obtendo informações confidenciais de autoridades públicas e de cidadãos comuns.

As informações podiam ser utilizadas para elaboração de dossiês contra autoridades e comercialização de dados de vítimas para estelionatários darem golpes pela internet utilizando informações policiais, além de venda de dados pessoais, obtidos de forma clandestina em plataformas policiais, por meio de páginas clandestinas na internet.

Coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), a operação foi deflagrada em conjunto com a Polícia Civil do Estado do Ceará. Participaram da ação vinte e cinco policiais civis.

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