CB Poder

Fábio Félix: feminicídios refletem estrutura social de dominação

Ao programa CB.Poder, o deputado distrital reforçou a importância de políticas públicas mais eficientes para acolher as mulheres e canais de denúncias eficientes

José Augusto Limão *
postado em 26/06/2023 15:44 / atualizado em 26/06/2023 16:29
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O número elevado de casos de feminicídios no Distrito Federal este ano foi tema do CB.Poder —parceria entre Correio e TV Brasília — desta segunda-feira (26/6). À jornalista Adriana Bernardes, o deputado distrital Fábio Félix (PSOL), falou sobre a necessidade de debater com seriedade a complexidade de gênero na capital federal. “A gente está refletindo aí com os feminicídios um nível de dominação. É uma estrutura social de dominação onde os homens acham que são proprietários do corpo e história dessas mulheres”, pontua.

O parlamentar comentou sua indignação sobre o atual cenário que o DF está vivendo com relação à alta de casos de violência contra a mulher. “Eu fui relator da CPI de feminicídio na legislatura passada, na Câmara Legislativa, nós fizemos um diagnóstico robusto sobre a situação, apontando inclusive mais de 80 recomendações para o poder público, muitas delas ao governo do Distrito Federal que não realizou”, aponta.

Fábio destaca a necessidades de ações preventivas e políticas públicas para reverter o cenário. “É preciso reflexão sobre construção de masculinidade e luta por igualdade de gênero entre homens e mulheres é desde a escola, infância, adolescência. Por isso esse ultra conservadorismo, ele atrapalha, porque acaba reforçando a sujeição das mulheres em relação aos homens e não querem o debate de gênero na escola e nas políticas públicas de forma geral”, salienta.

Para o deputado distrital no DF hoje tem muitas ferramentas tecnologias que podem ampliar o monitoramento de medidas protetivas e canais mais eficientes para que a vítima possa realizar a denúncia. “Agora a política pública precisa funcionar, tem que ser prioridade máxima do estado. Não importa quem é o governador, secretária da mulher, não importa quem é o presidente do Tribunal de Justiça ou procurador geral. Tem que ser uma política de estado prioritária, com financiamento e com urgência dada a gravidade que a gente está vivendo”, afirma.

*Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida

 

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