CPI

Relatora da CPMI, Eliziane elogia CPI da CLDF: "Grandes contribuições"

Senadora garantiu que nenhuma CPI funciona como laboratório da outra, e que o trabalho dos distritais têm conseguido desvendar as engrenagens de uma "péssima política"

Pablo Giovanni
postado em 25/06/2023 20:43
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

O depoimento ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general G. Dias na CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), foi alvo de elogios da senadora Eliziane Gama (PSD-AM), relatora da CPMI do 8 de janeiro, instaurada no Congresso Nacional.

Ao Correio, a senadora elogiou o trabalho dos distritais sobre a CPI do DF, e reforçou que apesar da importância dos depoimentos colhidos. No entanto, pontuou que as duas CPIs estão funcionando para desvendar os fatos que antecederam, também, o fatídico 8 de janeiro. “Nenhuma CPI funciona como laboratório de outra. O que existe são compartilhamentos de informações, quase todas elas disponibilizadas publicamente e que ajudam na formação de convicções sobre os fatos que estamos investigando”, disse.

“A CPI da Câmara Legislativa está aportando grandes contribuições para desvendar as engrenagens de uma política péssima que se voltava a golpear a democracia. A nossa CPMI, do Congresso, está vocacionada a ter um olhar nacional, em defesa da República, de suas instituições e das liberdades. Creio que os resultados de ambas as comissões serão convergentes e benéficas ao nosso país”, completou, à reportagem.

Isso porque o próprio general deve ser ouvido pela CPMI, já que o requerimento de convocação do ex-ministro foi aprovado. Citado por G. Dias no depoimento à CPI do DF, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura, também será alvo de questionamentos dos deputados federais e senadores.

Aos distritais, o general explicou que não esteve falsificou nenhum documento do GSI enviados à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional, onde não teria o nome dele. O general pontuou que o nome dele foi incluído de forma indevida, já que não esteve presente em nenhuma reunião da inteligência da agência. O caso foi revelado por uma reportagem da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Última semana antes do recesso

A CPI dos Atos Antidemocráticos ouvirá os dois acusados de tentar explodir o Aeroporto de Brasília em 29 de junho. Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington de Oliveira Sousa já estão condenados, mas entraram com recursos.

Para que não seja exaustiva a oitiva de ambos, a CPI pretende começar os trabalhos mais cedo. Os distritais têm a liberação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e os depoimentos serão os últimos antes do recesso parlamentar dos deputados.

A estratégica foi adotada também por causa de logística, já que os dois estão relacionados ao mesmo tema. Para que sejam liberados, foi necessário combinar com o local onde os dois estão presos: o Complexo Penitenciário da Papuda. Eles terão garantido o direito ao silêncio. Direito esse que foi garantido por George em seu depoimento à CPMI, na última semana.

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