O general Gonçalves Dias afirmou à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) não convidou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para a confecção do Protocolo de Ações Integradas (PAI), em 6 de janeiro.
G. Dias comparece à CPI na condição de testemunha, após um acordo entre os distritais e o Exército que garantiu a presença de três generais — além de G.Dias, os generais Augusto Heleno e Dutra compareceram à CPI. “A SSP realizou uma reunião no dia 6 de janeiro, com diversos órgãos e setores encarregados da segurança e prevenção de distúrbios na Esplanada, e não convidou o GSI para se integrar. Isso é público e já foi dito e descrito em reportagens”, disse o ex-chefe do GSI.
“Dia 6, portanto, já havia encaminhado para encerrar o expediente no Palácio do Planalto. Telefonei para o diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, o senhor Saulo Moura da Cunha. Troquei ideias genéricas sobre a segurança palaciana. Não falamos de nenhum esquema especial sobre o dia 8, porque não havia nenhuma informação que nos indicasse que ocorreria o que ocorreu”, completou o general.
CPI
O ex-GSI do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria ouvido na manhã de quinta-feira (15/6) passada, mas pediu adiamento da oitiva dias antes. Na justificativa, disse ao presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), que pretendia prestar um depoimento robusto, mas que, para isso, queria comprovar que não falsificou documentos, conforme noticiado pelo Correio no início do mês.
Após G. Dias, a CPI entrará na última semana de atividades antes do recesso parlamentar. Em 29 de junho, o acusado de tentar explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro passado, Alan Diego dos Santos, será ouvido.
Para que os trâmites de depoentes presos seja facilitado, a CPI ingressou com um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, que acatou e liberou a presença de policiais militares, além do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.
Além da CPI da CLDF, G. Dias é convocado para prestar depoimento na CPMI de 8 de janeiro.
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