A Capital Federal é um retrato fiel da desigualdade social do Brasil, em que no mesmo território coexistem realidades sócio econômicas de extrema precariedade ao lado de índices de uma população com qualidade de vida comparável à de países europeus. A avaliação é do deputado distrital Chico Vigilante (PT), em entrevista nesta quarta-feira (21/6) ao jornalista Renato Souza, no CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense e a TV Brasília. O deputado também falou sobre a importância do Fundo Constitucional para o funcionamento dos serviços públicos no Distrito Federal, além de abordar sobre o transporte público 100% gratuito, tema que entrou na pauta recentemente.
Quanto à aprovação de um novo marco fiscal, Chico Vigilante chama atenção para os pormenores da decisão. “O fundo constitucional continuaria existindo, mas a correção não seria feita na modalidade que é feita hoje. Isso não foi o governo federal que propôs, isso foi da lavra do relator do projeto do fundo constitucional, que é o deputado Cláudio Cajado da Bahia”, explica.
Para o deputado, o senador Omar Aziz acertou ao retirar o Fundo Constitucional do DF do projeto de Arcabouço fiscal. “Esse fundo não é nenhum favor. Aqui nós hospedamos mais de 100 embaixadas, aqui estão os três poderes da República. Além disso, no caso da saúde, a gente atende uma vasta população do Brasil que se dirige ao DF em busca de saúde”, destacou.
Em relação ao atendimento na rede pública de saúde do DF, Chico Vigilante disse que apenas 27% da população do DF é contemplada por plano de saúde. O deputado lembra que o serviço atende quem vive na capital e no Entorno. “Quando cito o Entorno, eu não falo só dos 36 municípios que compõem a grande região. Estou falando do atendimento de gente até do Acre, que vem se tratar aqui no DF, quem vem da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, de todo o canto”. Por isso, o petista avalia que sem a correção do fundo, as dificuldades no setor seriam ampliadas.
Ainda sobre serviços públicos, Chico retoma o debate sobre o acesso ao transporte público 100% gratuito, assunto ganhou força recentemente. “Nós temos cerca de 80 cidades no Brasil que têm gratuidade. Eu acho que é importante começar com essa ideia da gratuidade” discorre. Mas o deputado pede cautela na implementação do serviço e propõe um projeto-piloto em uma área específica para realizar uma implementação gradativa.
*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado
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