Justiça

Audiência de presos por chacina no DF é adiada por falta de tempo

Juiz do caso alegou que não daria para ouvir todas as 22 testemunhas por demora da chegada dos cinco presos no Fórum de Planaltina. Não há uma próxima data prevista

Darcianne Diogo
Pedro Marra
postado em 21/06/2023 17:27
Fachada do Fórum de Planaltina. -  (crédito: TJDFT/Divulgação)
Fachada do Fórum de Planaltina. - (crédito: TJDFT/Divulgação)

A audiência de instrução dos cinco acusados de participarem da chacina que chocou o Distrito Federal ao vitimar uma família iria começar nesta quarta-feira (21/6), mas foi adiada sem data prevista. O juiz do Fórum de Planaltina alegou que não daria tempo para ouvir todas as 22 testemunhas por demora na chegada dos cinco presos escoltados pela Polícia Penal da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe).

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A ocasião seria o primeiro dia da audiência dos presos Gideon Batista de Menezes, 55 anos, Horácio Carlos, 49, Carlomam dos Santos, 26, Fabrício Canhedo, 34, e Carlos Henrique Alves, 27. O juiz iria colher provas das partes e os depoimentos das testemunhas.

Os réus respondem por quase 100 crimes, entre homicídios, latrocínio, ocultação de cadáver, fraude processual e sequestro. Um forte esquema de segurança foi montado em frente ao fórum.

Veja por quais crimes os cinco acusados foram denunciados pelo MPDFT

Gideon Batista: é apontado como o mentor dos assassinatos. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi em decorrência da chácara onde moravam Marcos Antônio Lopes, 54, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior. Gideon foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e ameaça com uso de arma.

Carlos Henrique Alves da Silva: responderá por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Entenda o caso

A maior chacina do DF começou com o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e dos três filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos, Rafael e Rafaela, 6. A mulher saiu do salão onde trabalhava, na 307 Norte, na noite de 12 de janeiro, após ser atraída para uma emboscada na casa onde moravam os sogros, Marcos Antônio Lopes, 54, e Renata Belchior, 52, — os dois também assassinados.

Segundo revelaram as investigações, a motivação se deu por causa da chácara onde Marcos morava, avaliada em R$ 2 milhões. Também foram mortos o marido de Elizamar, Thiago Silva, 30; a ex-mulher e as filhas de Marcos, Cláudia Regina, 55, Ana Beatriz, 19, e Gabriela Belchior, 25.

 

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