CB.Poder

"O Fundo Constitucional é inegociável", afirma ex-governadora Maria Abadia

Ao CB.Poder desta terça-feira (13/6), a ex-governadora defendeu o repasse e falou sobre o trabalho feito junto ao Congresso para evitar o congelamento da verba

Carlos Silva*
postado em 13/06/2023 15:36 / atualizado em 13/06/2023 15:37
 (crédito:  Mariana Lins )
(crédito: Mariana Lins )

“O Fundo Constitucional (FCDF) é inegociável”. Essa foi a avaliação da ex-governadora Maria de Lourdes Abadia sobre a discussão acerca do repasse à capital. No CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta terça-feira (13/6), ela falou sobre o trabalho feito junto ao congresso para evitar o congelamento da verba. À jornalista Adriana Bernardes, a ex-chefe do Executivo local também detalhou sobre o encontro de ex-governadores com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para tratar da importância do fundo para o DF.

Para Abadia, a permanência do Fundo é inegociável, pois foi um direito conquistado pela capital. A ex-distrital defendeu o repasse elencando diversos traços da realidade do DF que o justificam. “Brasília abriga e recebe de braços abertos o Brasil todo. Temos aqui o corpo diplomático que nenhum estado tem. Além disso temos o Entorno, que utiliza parte dos nossos serviços. Acho que foi uma ingratidão essa ideia de mexer no Fundo”, sustentou.

Negociação

Abadia também foi uma das participantes do encontro que reuniu ex-governadores do DF e figuras importantes da política local. Em uma audiência com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, o grupo tentou convencê-lo sobre a importância do fundo. “Todos tiveram sua fala e seus argumentos. Pedimos a ele misericórdia, para que (o congelamento) não seja aprovado no Senado”, relatou.

Segundo a ex-parlamentar, o trabalho de convencimento dos senadores feito pela bancada do DF tem apresentado resultados. Ela também contou que a reunião com Pacheco trouxe certo otimismo em torno da questão. “Gostei dessa mobilização que fizemos. Os nossos senadores, Izalci Lucas (PSDB), Damares Alves (Republicanos) e Leila Barros (PDT), estão trabalhando muito. Esse trabalho está sendo feito sistematicamente e estamos acompanhando”, avaliou.

Futuro do DF

Para a ex-governadora, o congelamento no reajuste do FCDF pode comprometer o futuro da capital. Ela relembrou que antes do fundo, conseguir verba para áreas essenciais da capital era trabalhoso. “Todos os anos, tínhamos que aprovar o orçamento do DF para lutar junto ao Congresso a aprovação”, contou.

Por fim, a ex-deputada constituinte fez um apelo aos senadores pelo não congelamento do fundo. “Brasília é a síntese do Brasil. Temos os mesmos problemas que o Brasil tem, acrescidos de mais coisas, por sermos a capital. Para quem mora aqui, é preciso ser uma cidade agradável para se viver. Além disso, temos o Entorno com milhares de problemas. Nós merecemos (o repasse)”, pediu.

*Estagiário sob a supervisão de Suzano Almeida.

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