Motorista de BMW que bateu no carro de Maria Luiza estava bêbado, diz PM

Condutor, 60, de uma BMW, bateu na traseira do carro de Maria Luiza da Silva, 62, a primeira mulher trans da FAB, na noite dessa quinta-feira. Policiais notaram que ele andava cambaleando e tinha hálito de álcool

Pedro Marra

postado em 09/06/2023 11:20 / atualizado em 09/06/2023 13:41

Carro de militar da FAB, Maria Luiza da Silva, amassado após colisão com BMW, no Lago Sul - (crédito: PMDF/Divulgação)

O motorista, 60 anos, de uma Bmw M 240i vermelha, que bateu o carro na traseira de um Lifan 620 azul-marinho, foi autuado por confessar que dirigia sob o efeito de álcool. O acidente ocorreu na noite dessa quinta-feira (8/6) por volta das 19h30, na Estrada Parque Dom Bosco, na altura da QI 15, no Lago Sul. A polícia investiga denúncias de que ele estaria participando de um racha com um Up! branco. Depois do acidente, testemunhas confirmam que o homem fugiu do local sem prestar socorro à vítima.

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A condutora do outro carro é Maria Luiza da Silva, de 62 anos, primeira mulher transexual da Força Aérea Brasileira (FAB). Ela teve ferimentos leves e foi levada ao Hospital das Forças Armadas (HFA) pelo Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF). A reportagem apurou que ela está com dores no corpo e deve receber alta na manhã desta sexta-feira (9/6).

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  Carro de militar da FAB, Maria Luiza da Silva, amassado após colisão com BMW, no Lago Sul PMDF/Divulgação
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  Carro de militar da FAB, Maria Luiza da Silva, amassado após colisão com BMW, no Lago Sul PMDF/Divulgação
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  BMW vermelha amassada, de motorista que colidiu com carro de militar da FAB, Maria Luiza da Silva, no Lago Sul PMDF/Divulgação
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  BMW vermelha amassada, de motorista que colidiu com carro de militar da FAB, Maria Luiza da Silva, no Lago Sul PMDF/Divulgação
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  Carro de militar da FAB, Maria Luiza da Silva, amassado após colisão com BMW, no Lago Sul PMDF/Divulgação

Uma equipe do Grupo Tático Operacional do 5º Batalhão (Gtop 25) patrulhava a região e presenciou a fuga. Os policiais acompanharam o veículo até o momento que o homem entrou na garagem e fechou o portão. Em seguida, ele saiu de casa e confessou que havia ingerido bebida alcoólica. 

Os policiais constataram que ele andava cambaleando, tinha hálito etílico e apresentava falas desconexas. O homem se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas foi autuado por recusa ao teste. Dessa forma, os policiais o conduziram à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde testemunhas também confirmaram a suspeita de embriaguez.

No depoimento à Polícia Militar, o autor da colisão declarou que se envolveu em acidente de trânsito e que tinha ingerido bebida alcoólica, mas não sabia precisar quantas garrafas de cerveja bebeu. 

Resultado negativo de testes clínicos

No entanto, os testes clínicos no Instituto de Medicina Legal (IML) deram negativo. O condutor foi liberado, mas vai responder por omissão de socorro, desobediência, direção perigosa, acidente de trânsito e embriaguez ao volante.

A reportagem apurou que, na 1ª DP, o delegado não quis aceitar o auto de constatação de embriaguez, previsto em lei, para constar que o condutor da BMW estava embriagado. O homem esperou na delegacia até ser levado ao IML para exame clínico, onde o perito disse que o motorista não estava embriagado.