Trânsito

Primeira mulher transexual da FAB, Maria Luiza sofre acidente de carro

Um carro de modelo BMW colidiu com a traseira do carro conduzido por Maria Luiza, na noite desta quinta-feira (8/6), no Lago Sul

Naum Giló
postado em 08/06/2023 23:58
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press                    )
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

Uma BMW bateu na traseira de outro veículo na noite desta quinta-feira (8/6), no Lago Sul, nas proximidades do Parque Península Sul. O carro que teve a parte de trás destruída pelo impacto era conduzido por Maria Luiza, conhecida por ser a primeira mulher transexual do efetivo Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo Marcelo Díaz, amigo da vítima e cineasta responsável pelo documentário que conta a história da militar reformada, ela está consciente, mas muito abalada. “A batida foi muito forte e ela foi levada para o Hospital das Forças Armadas (HFA), onde passou por exames de imagem, que indicaram que está tudo bem. Por precaução, o médico achou mais prudente que ela passasse a noite no hospital por conta da dor que está sentindo e por morar sozinha”, informa Marcelo.

Segundo a PMDF, o condutor da BMW chegou a fugir, mas acabou capturado pelos policiais. Ele se recusou a fazer o teste de bafômetro e foi conduzido até a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), e foi liberado após o resultado no teste de alcoolemia dar negativo. 

Maria Luiza, primeira mulher transsexual da FAB, Maria Luiza sofre acidente no lago sul, na noite desta quinta-feira (8/6)
Maria Luiza, primeira mulher transsexual da FAB, Maria Luiza sofre acidente no lago sul, na noite desta quinta-feira (8/6) (foto: Redes Sociais )

Documentário

A história de Maria Luiza foi contada por anos nas páginas do Correio Braziliense. Mesmo com um currículo exemplar, ela foi afastada das funções por ser considerada "incapaz" para o serviço militar por uma junta médica do órgão, assim que começou o processo de transição de gênero.

No documentário dirigido por Marcelo Díaz, são apresentadas as motivações que a impediram de continuar exercendo a função de mecânica de avião, trabalho que lhe rendeu certificados, medalhas e condecorações, além do caminho de afirmação como mulher trans, militar e católica.

O filme foi exibido em grandes no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e em festivais de, países como Holanda, Argentina, Colômbia e Estados Unidos.

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