O coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues explicou que não era íntimo de outros coronéis, e que por ele ter assumido a função de comandante do 1° Comando de Policiamento Regional (1° CPR), afirmou que existia "ciúmes" dentro da corporação. O coronel foi ouvido, na tarde de segunda-feira (5/6) por deputados da CPI dos Atos Antidemocráticos.
No depoimento, o coronel explicou que é de turma diferente de outros coronéis, e que sempre tentava estar ciente sobre decisões da região. “Sempre tentava me inteirar dessas situações (decisões sem o consultar). Eu não sei porque isso acontecia. Não sou da turma dos outros coronéis, que fique bem claro. O coronel Fábio Augusto é de uma (turma), o DOP de outra. Eu não tenho tanta intimidade com eles”, disse.
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Confrontado, então, pelo presidente da CPI Chico Vigilante (PT), se é necessário “intimidade para cumprir as obrigações”, o coronel disse que não precisa, mas que isso facilitaria. Questionado se havia ciúmes dentro da corporação, Casimiro disse que poderia acontecer.
“Eu, por ter assumido comando regional tão importante (...) Não sei se isso (ciúmes) era dessa forma. Não posso falar dessa forma (de armação), mas sei que tinha algum ciúmes”, relatou.
CPI
O coronel foi ouvido na tarde de segunda-feira (5/6), na Câmara Legislativa. Casimiro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura uma possível omissão de autoridades durante os atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação dos prédios públicos dos Três Poderes.
A tropa comandada pelo coronel possui seis unidades militares, entre elas o 6° Batalhão de Polícia Militar, responsável pela área da Esplanada dos Ministérios. Ele deixou o cargo após a segurança pública do DF entrar em intervenção.
O interventor federal Ricardo Cappelli exonerou Casimiro e outros integrantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), em 11 de janeiro.
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