Começa neste sábado (3/6) a vacinação antirrábica no Distrito Federal, e tutores de toda a capital podem levar seus bichinhos para se imunizar. A Secretaria de Saúde (SES-DF) espera superar os números de 2022, ano em que foram imunizados 229.126 animais (186.664 caninos e 42.462 felinos). O atendimento ocorre de segunda a sábado. Os locais podem ser conferidos no site da SES-DF.
Cecília Gelenske, 23 anos, está empolgada para levar a pet para vacinar. Ela conta que a pequena Nina Fiona, uma shih-tzu de dois anos, ainda não tomou o reforço anual contra raiva, mas o fará neste sábado. Para a moradora da Asa Norte, cuidar da saúde do bichinho também é uma forma de demonstrar carinho. “Acho que é muito importante cuidar da saúde dos nossos bichinhos, assim como cuidamos da nossa. É aquele ditado, quem ama cuida. Quanto mais saudável for o nosso pet, mais tempo ele passa com a gente”, afirmou.
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Assim como Gelenske, a estudante Maria Alice, 22 anos, também vai levar a pequena Rubi para vacinar. A gata foi adotada pouco depois da pandemia de covid-19 e, desde então, vem tomando a vacina todos os anos, e agora não será diferente. A moradora de Vicente Pires também destaca a relevância do cuidado com a saúde dos animais, mas pontua que seria benéfico ter mais pontos de vacinação. “Vou levar meu bichinho para tomar a vacina, porque é muito importante. Só acho que seria interessante ter um local de imunização aqui na Vicente Pires, pois também temos muitos cuidadores”, apontou.
Importância da vacina
Lucas Edel, professor de Medicina Veterinária do Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub) alerta que a vacina antirrábica é fundamental não só para a segurança dos pets, mas também de seus tutores. “A raiva é uma doença letal, ou seja, não tem cura. Há pessoas que sobreviveram, mas são, vamos dizer assim, milagres. Então, a vacina é extremamente importante e tem como principal objetivo evitar que o animal tenha o vírus e consequentemente possa transmitir para os seres humanos”, explicou.
O especialista também alerta que os tutores também devem se atentar a cartela de vacinação dos animais para evitar o contágio de outras doenças. “Temos, por exemplo, além da própria raiva, a leishmaniose e esporotricose, as quais são as principais doenças que nós observamos no território brasileiro e têm grande potencial de transmissão aos humanos”, pontuou.
Edel recomenda que os tutores não tenham receio de levar o bichinho para vacinar, já que essa é a única medida de proteção contra a raiva. “As vacinas são extremamente seguras e utilizadas há várias décadas no Brasil. Só conseguimos acabar com a doença no Brasil e reduzir os casos com a vacinação de cães e gatos. Em alguns animais, ela pode gerar um desconforto ou dor no local da aplicação, como gera em humanos, mas isso é normal. Então, vacinem os animais e não tenham receio, porque a raiva mata”, alerta.
Por fim, o veterinário alerta que, caso um animal pet ou humano seja atacado por um animal do qual não se sabe se foi imunizado contra raiva, o melhor a se fazer é ir ao hospital. "É sempre recomendado que procurem uma unidade de saúde para fazer o protocolo de pré-exposição contra Raiva. Como a raiva não tem cura, aplicamos algumas doses de vacina para evitar a progressão do vírus e, consequente, fazer com que o infectado não desenvolva a doença", adverte.
Imunização mais cedo
Em áreas rurais do DF, a vacinação foi adiantada e começou nessa quinta-feira (1/6). Isso foi feito por meio de uma parceria entre Secretaria de Saúde e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Segundo o gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Emater, Alessandro Rangel, os extensionistas do órgão têm mais contato com os produtores e sabem onde estão as famílias com mais animais.
Cada escritório da instituição, junto com a Saúde-DF, vai definir se a vacinação será em posto fixo ou com técnicos indo até os produtores. Isso acontece, porque, segundo Rangel, alguns agricultores possuem uma grande quantidade de animais, o que torna difícil o deslocamento ao escritório local.
*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti
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