A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um dos três envolvidos no assassinato do soldado do Exército Breno Caraíba, 23 anos, espancado em uma festa de Santa Maria, na madrugada de domingo (14/5). O autor foi detido pelos investigadores da 33ª Delegacia de Polícia durante uma operação desencadeada na tarde de sexta-feira (19/5).
O Correio apurou que o preso se chama Paulo Henrique e teria participado das agressões que culminaram na morte de Breno. Outros dois envolvidos estão foragidos, entre eles, Éric da Silva Alencar, 23, que conseguiu fugir durante a operação. Éric é preso do regime semiaberto e cumpre pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP). O criminoso saía durante o dia para trabalhar e retornava à unidade prisional no período noturno. No saidão do Dia das Mães, entre 11 e 15 de maio, ele foi beneficiado pela Justiça para ficar em casa.
No domingo, os três acusados foram até uma festa no Polo JK de Santa Maria. O vídeo ao qual o Correio teve acesso mostra Éric junto a outro envolvido na entrada do evento. Éric apresenta o celular à funcionária e mostra um QR Code.
Assassinato
A motivação do crime ainda é investigada pela polícia, mas segundo a família da vítima, o soldado vinha sofrendo ameaças. Um outro vídeo (veja abaixo) gravado por uma testemunha mostra o momento em que o soldado é espancado até a morte dentro da festa. A imagem registra os episódios de violência contra Breno. O jovem foi abordado por Éric e os outros dois homens e agredido com chutes e barras de ferro.
Um dos autores está com uma corrente no pescoço. Ele agarra a vítima e dá início às agressões. Um segundo envolvido, que usa óculos, também segura o soldado. E um terceiro, Éric, chuta a cabeça de Breno.
A festa, por nome de Noite Sublime, ocorreu no Polo JK de Santa Maria. Breno foi socorrido por seguranças do evento e levado ao Hospital de Valparaíso, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na manhã de domingo. Por meio de nota, a organização da festa esclareceu que foram escalados mais que o dobro do quantitativo de seguranças recomendado para o público, mas que "infelizmente, pessoas de má fé não sabem viver em sociedade". Por fim, os organizadores dizem colaborar com as autoridades e prestam todo o apoio à família.
A PCDF pede ajuda da população para auxiliar na captura dos envolvidos. Qualquer informação pode ser repassada pelo número 197, da Polícia Civil.