A economista Betânia Peixoto Lemos, presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), é a entrevistada do CB.Poder desta terça-feira (9/5) — parceria entre o Correio e a TV Brasília. No programa, em entrevista ao jornalista Roberto Fonseca, ela explicou sobre os compromissos e deveres da escola pública de governo.
Betânia esclareceu que a principal missão do Enap é capacitar os servidores públicos. "Eles precisam ser constantemente treinados para que possam entregar um serviço de qualidade a sociedade", disse a economista. Segundo ela, ao todo, são disponibilizados 500 cursos, voltados para a formação de servidores estaduais, municipais e para a sociedade.
Para a comunidade, a Enap oferta uma escola virtual com acesso gratuito ao catálogo de cursos. Basta fazer um cadastro no site da instituição de ensino. "A gente tem várias trilhas de formação para qualquer pessoa que está no mercado de trabalho, com cursos sobre liderança, direitos humanos e outros infinitos temas. A pessoa estuda sozinha, no seu tempo", explicou Betânia.
Os cursos presenciais e híbridos da escola são restritos apenas a servidores. A produção de conteúdo é feita por vários setores governamentais com a Enap garantindo a qualidade do ensino e fornecendo os certificados aos alunos.
Banco de currículos
Para Betânia Peixoto, os servidores públicos precisam representar a sociedade. E, para que isso ocorra, a Enap criou um banco de talentos. "A gente faz chamadas e os servidores se cadastram, facilitando para que os órgãos os achem e os contratam para cargos de liderança", disse a presidente.
O banco de talentos está ligado ao programa Líderes que transformam, que conta com a ajuda da inteligência artificial para selecionar os currículos e identifica essas características e faz a ligação com a empresa em que o candidato se encaixa melhor. A seleção abrange todos os órgãos do governo que queiram fazer uma seleção por meio dessa ferramenta e banco de talentos do Enap.
Diversidade no serviço público
Para a presidente do Enap, o serviço público precisa ser o espelho da população e para se chegar a isso, deve-se ter diversidade dentro das instituições do governo. "Não adianta ter um serviço público formado apenas por homens brancos, sendo que a sociedade é diversa."
Pensando nisso, a Enap criou um comitê de gênero e diversidade interno que vai preparar e desenvolver várias ações para igualdade dentro do governo federal. "É muito mais fácil pensar em políticas e var soluções com os servidores que representam diversos setores da sociedade", disse Betânia. Além dessa visão, a Enap dispõe de uma diversidade de manuais, como por exemplo, sobre assédio dentro do trabalho que podem ser encontrados no site do órgão. Todos gratuitos e disponível para toda a sociedade.
Programa Embarcar
O projeto consiste em mostrar para novos servidores, nomeados no início do governo Lula, como funcionam as políticas públicas no executivo federal, ajudando essas pessoas a se situarem de uma forma mais rápida dentro do novo trabalho. "Inovação no serviço público também faz parte do trabalho da Enap", pontuou Betânia.