Violência contra mulher

Ex-companheiro é preso por perseguir e descumprir medidas protetivas

Segundo a 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), o investigado enviava mensagens para a vítima por meio do PIX, além de ameaçar a mulher no local de trabalho

Correio Braziliense
postado em 31/05/2023 15:06
 (crédito: Reprodução/Pixabay)
(crédito: Reprodução/Pixabay)

Um homem de 31 anos foi preso, na manhã desta quarta-feira (31/5), por perseguir a ex-companheira de 36 anos e descumprir medidas protetivas. Segundo a 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), o investigado enviava mensagens para a vítima através do PIX, além de ameaçá-la no local de trabalho e obrigá-la a mostrar as partes íntimas.  

Segundo os investigadores, o autor e a vítima tiveram um relacionamento amoroso por dois anos. No entanto, em razão dos ciúmes e da possessividade do homem, a mulher decidiu terminar a relação no dia 15 de maio deste ano.

Inconformado com o rompimento, o homem ameaçou a vítima, dizendo que, se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. Assustada e com medo, a mulher procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e informou todo o histórico de violência sofrido durante o relacionamento.

O autor foi acusado da prática dos crimes de injúria, constrangimento ilegal, lesão corporal e violência psicológica, todos em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher.

A vítima relatou ainda que tentou terminar o relacionamento anteriormente, mas, por medo das ameaças do autor, aceitava ficar e manter relação sexual com ele. A mulher contou à polícia que o ex-companheiro a perseguia em casa, na igreja e no trabalho. Segundo relato, portando uma garrafa de álcool, o homem a ameaçou e encurralou na loja na qual ela trabalhava, afirmando que iria matá-la.

Além disso, a mulher informou que o ex-companheiro a obrigou a fornecer a senha do celular e a mostrar a parte íntima para ver se ela estava depilada. Segundo o depoimento, ele imaginava que se ela estivesse depilada estaria mantendo relações sexuais com outro homem.

Após informar a violência sofrida na DEAM, a vítima requereu medidas protetivas de urgência que foram deferidas pela Justiça. Com isso, o autor ficou proibido de se aproximar dela na distância mínima de 300 metros, de frequentar a residência ou o local de trabalho dela, além de não poder entrar em contato por qualquer meio de comunicação.

Mesmo intimado das protetivas, o homem mandou mensagens para a vítima através do PIX. Em uma das mensagens, enviada no dia 18 de maio, ele disse que fazia três dias que ela estava dormindo na casa de outro homem e que isso estava lhe ferindo muito. Dois dias antes, ele falou para a mulher que, mesmo indo preso, no dia que ela precisasse dele, ele estaria ao lado dela. “Nunca vou virar as costas para você. Desculpe”, finaliza na mensagem.

 

Um homem de 31 anos foi preso, na manhã desta quarta-feira (31/5), por perseguir a ex-companheira de 36 anos e descumprir medidas protetivas. O investigado enviava mensagens para a vítima através do PIX.
Um homem de 31 anos foi preso, na manhã desta quarta-feira (31/5), por perseguir a ex-companheira de 36 anos e descumprir medidas protetivas. O investigado enviava mensagens para a vítima através do PIX. (foto: Imagens cedidas ao Correio)

De acordo com a polícia, não satisfeito em enviar as mensagens pelo PIX, o autor foi até o local onde a vítima estava ficando e a ameaçou de morte. Novamente assustada e com medo, a mulher foi até à 38ª DP e fez uma nova ocorrência policial, informando o descumprimento das protetivas anteriormente deferidas.

A polícia solicitou então ao Poder Judiciário a decretação da prisão preventiva do ex-companheiro. A Justiça acatou a medida e os policiais cumpriram o mandado, que faz parte de uma nova fase da Operação Perseguidores.

O autor foi localizado no Lago Sul. Em seguida, ele foi conduzido para a 38ª DP, onde teve a prisão formalizada, e foi interrogado. Após os procedimentos, o perseguidor foi levado para carceragem da Polícia Civil, onde permanecerá à disposição da Justiça para passar por audiência de custódia. Ele foi indiciado pelos crimes de perseguição e descumprimento de medidas protetivas de urgência. Somadas, as penas alcançam cinco anos de prisão.

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