A violência contra a mulher fez mais uma vítima no Distrito Federal. Na noite do último domingo, Cleuson Sousa de Moura, 43 anos, invadiu o Hospital São Francisco, em Ceilândia, onde a ex-companheira trabalha como recepcionista, e atirou quatro vezes contra ela, fugindo em seguida. O quadro da vítima, Cleonice Maria de Lima, 46, é estável. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam II) investiga se o suspeito teve ajuda de terceiros para fugir do local do crime.
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Hoje, Cleuson aguarda por audiência de custódia no Departamento de Polícia Especializada (DPE). Após invadir o hospital e efetuar os disparos contra Cleonice, ele fugiu em um carro vermelho e foi encontrado em uma parada de ônibus no Recanto das Emas, ainda na noite do crime. O homem foi preso por policiais militares e levado para a delegacia. Com ele, a polícia encontrou um revólver, com oito balas intactas.
A delegada da Deam II, Letízia Lourenço afirma que a corporação acompanha o caso de perto. "Ele foi preso também por porte ilegal de arma, que estava com a numeração raspada", relata. Morador de Águas Lindas de Goiás, Cleuson foi até o hospital encapuzado para cometer o crime.
Sob proteção
De janeiro a abril deste ano, o DF registrou 24 tentativas e 12 feminicídios. Cleonice tinha medida protetiva contra o ex-companheiro emitida neste mês, por já ter sido ameaçada por ele dentro do local de trabalho. A determinação dizia que o agressor deveria manter 300 metros de distância da recepcionista, estava proibido de manter contato com ela pelas redes sociais e de comparecer ao local de trabalho da vítima. Além dessa medida, Cleonice registrou outra ocorrência contra Cleuson em 2020, mas, na ocasião, decidiu desculpá-lo das agressões e os dois reataram a relação.
O suspeito e Cleonice tiveram um relacionamento amoroso por quatro anos. Os dois não tinham filhos juntos, sendo que a vítima é mãe de um casal de 20 e 18 anos de uma relação anterior. De acordo com a delegada da Deam II, mesmo após o pedido de medida protetiva, Cleuson tornou a procurar a ex-companheira e não desistiu de reatar a relação.
A delegada Letízia Lourenço alerta que é necessário que as mulheres informem quando há o descumprimento das medidas protetivas, pois existe a possibilidade de pedir medidas extras para o juiz. "Pode inclusive ser a prisão preventiva do agressor. Isso ajuda a preservar a saúde dela (a vítima), o psicológico e, principalmente, a vida", destaca Lourenço.
A reportagem do Correio foi até o Hospital São Francisco, onde Cleonice está internada. Os familiares não quiseram comentar sobre o caso. Em nota, o hospital informou que está prestando toda assistência necessária à funcionária. "O Hospital São Francisco conta com equipe de vigilância periodicamente treinada, possui câmeras de vigilância e está colaborando com as autoridades. A instituição lamenta profundamente e presta solidariedade e apoio à família."
Como pedir ajuda
» 190: Polícia Militar
» 197: Polícia Civil
» E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
» WhatsApp: (61) 98626-1197
» Site: pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher
» 180: Central de Atendimento à Mulher
Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam): (funciona 24 horas, todos os dias)
Deam 1: atende todo o DF, exceto Ceilândia.
» Endereço: EQS 204/205, Asa Sul.
» Telefones: 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673.
» E-mail: deam_sa@pcdf.df.gov.br.
Deam 2: atende apenas Ceilândia.
» Endereço: St. M QNM 2, Ceilândia.
» Telefones: 3207-7391 / 3207-7408 / 3207-7438.
Secretaria da Mulher do DF
» Whatsapp: (61) 99415-0635.
Promotorias nas regiões administrativas do DF: mpdft.mp.br/portal/index.php/promotorias-de-justica-nas-cidades.
Defensoria Pública do DF
» Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem)
» Telefones: (061) 3103-1926 / 3103-1928 / 3103-1765.
» WhatsApp (61) 999359-0032.
» E-mail: najmulher@defensoria.df.gov.br.
Núcleos do Pró-Vítima
Atende Brasília, Ceilândia, Guará, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Itapoã e Taguatinga.
Os endereços podem ser consultados no site da Secretaria de Justiça: sejus.df.gov.br/pro-vitima/.
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