Um impasse dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) mudou os planos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos e a oitiva do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, foi cancelada nesta quinta-feira (25/5).
Saiba Mais
O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), explicou que a comissão fez dois pedidos ao ministro Alexandre de Moraes para a liberação de Tsereré, já que o indígena se encontra preso no Complexo Penitenciário da Papuda. No entanto, um despacho da presidente do STF, ministra Rosa Weber, pediu a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a liberação ou não do indígena.
“Ele foi intimidado normalmente pela nossa equipe da CPI e se dispôs a vir aqui, porque está com vontade de falar, tendo o que o falar. A liberação depende do ministro Alexandre de Moraes. Fizemos o pedido para a liberação do cacique, e esperamos até às 22h de ontem. Acontece que entrou um outro processo da ministra Rosa Weber, que não tem muito a ver com esse, e pediram parecer do Ministério Público. Não existe necessidade do parecer do MP”, disse o parlamentar.
Com isso, a oitiva do indígena foi cancelada na manhã desta quinta, e será marcada para uma data posterior, ainda não definida. A expectativa é que seja após o recesso parlamentar, já que todas as datas possíveis já estão agendadas.
Tsereré é citado em depoimentos de ex-comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e pelo ex-secretário de Segurança Pública Júlio Danilo à CPI, por ter motivado os ataques de bolsonaristas à sede da PF, após a prisão dele. O caso ocorreu no dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice, Geraldo Alckmin (PSB).
Denunciado
Na sexta-feira (19/5), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o indígena ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na denúncia, a Procuradoria argumentou que o indígena "instigou a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito".
A prisão de Tsereré foi decretada após ele divulgar vídeo afirmando, em frente ao Congresso Nacional, que a democracia está sendo "atacada" pelo ministro Alexandre de Moraes. Na gravação, o indígena chama o ministro de "bandido" e acusa a campanha de Lula de ter "roubado votos". "Lula não foi eleito", diz, repetindo a alegação falsa. "Não podemos admitir que ele suba a rampa e ocupe o cargo maior desse país."
Saiba Mais
- Cidades DF Encapuzados, preso do semiaberto e comparsa rendem morador e assaltam casa
- Cidades DF Com gasolina vendida a R$ 3,83, motoristas fazem fila para abastecer
- Cidades DF 13º do INSS: Cerca de 355 mil brasilienses começam a receber hoje (25/5)
- Cidades DF Dia Livre de Impostos: saiba quais lojas estão participando no DF
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.