O Hospital de Base do Distrito Federal (HB) passou a contar com novo aparelho de tomografia — tomógrafo, como é conhecido — no pronto-socorro, desde segunda-feira (22/5). O aparelho fornecerá imagens com mais precisão e detalhes para rastreamento e diagnóstico precoce de doenças e lesões corpóreas, principalmente para vítimas de quedas, acidentes de trânsito e violência. A quantidade de exames deverá passar de 5.000 para 8.500 por mês, ou seja, haverá um aumento de 70%.
Para que a máquina funcione em boas condições, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) contratou mais oito técnicos. “A aquisição desse novo tomógrafo se fez necessária, visto que o aparelho de 2009 alocado no pronto-socorro está ultrapassado e aquém da tecnologia atual, sobretudo na disponibilidade de novos recursos para a detecção de múltiplas patologias”, diz a enfermeira Elaine Araújo, especialista em diagnóstico e imagem e gerente de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HB.
Desde 2020, o IgesDF trabalha para transformar o desejo da população em realidade. Em dezembro de 2020, o aparelho foi adquirido por meio de recursos originais no valor de R$ 2,1 milhões, obtidos via emenda parlamentar do deputado federal Julio Cesar Ribeiro, atualmente secretário de Esporte e Lazer do GDF.
O tomógrafo custou R$ 2,3 milhões em valores atualizados. A utilização do aparelho demandou mais ações para montagem em espaço especial, adaptado pelo Instituto. “Sabemos das dificuldades que a saúde enfrenta em todo o país. Compete a nós, parlamentares, que temos a prerrogativa de destinar recursos, eleger essas prioridades “, afirmou Julio Cesar, à época em que destinou os recursos. “Como o IgesDF faz um trabalho de excelência na gestão da saúde dos hospitais e UPAs, destinei recursos ao Instituto por saber que serão bem aproveitados na aquisição de equipamentos em prol da saúde da população do DF”, completou o secretário.
Bomba injetora
De acordo com a enfermeira Elaine Araújo, o antigo equipamento de seis canais não realiza angiotomografias por limitações do próprio aparelho, que está obsoleto e não tem bomba injetora de contraste. Assim, os exames que deveriam durar um tempo médio de cinco minutos levavam o dobro do tempo, gerando grandes atrasos nas demais emergências e fazendo com que vários pacientes desistissem do atendimento rapidamente.
Com o novo tomógrafo de 64 canais, há uma melhoria na tomada de decisão assistencial frente a múltiplas patologias, pertinentes aos atendimentos de média e alta complexidade, proporcionando mais segurança, qualidade e agilidade. Elaine ressaltou que o ganho com a nova aquisição não será apenas no número de exames realizados, mas na produtividade, levando em conta os tempos das etapas dos exames, as alterações de rotina que eventualmente serão introduzidas e a qualidade de vários protocolos.
“Vamos aprofundar no alto volume da esfera de atendimentos de pacientes, inicialmente no trauma, que requer um atendimento rápido e preciso; na neurologia, que também é grandioso em número de pacientes em urgência/emergência, como janela AVC. Isso sem falar na diversidade de UTIs com pacientes em suporte ventilatório”, comenta a enfermeira.
*Com informações do Iges-DF
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