CPI do DF

CPI do Atos Antidemocráticos ouve general exonerado por Lula nesta quinta

Ex-chefe do Comando Militar do Planalto participa de oitiva na manhã desta quinta-feira, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF)

Pablo Giovanni
postado em 18/05/2023 10:07 / atualizado em 18/05/2023 16:33
 (crédito: Exército do Brasil/Divulgação)
(crédito: Exército do Brasil/Divulgação)

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que chefiava o Comando Militar do Planalto (CMP) nos atos de 8 janeiro, será ouvido nesta quinta-feira (18/5) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

O militar, exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril, teria supostamente protegido golpistas que invadiram os prédios dos Três Poderes, nas várias investidas do governo local de tentar desmobilizar o acampamento bolsonaristas no Quartel-General do Exército, logo que a área do Quartel-General do Exército é de gestão do CMP.

O general é esperado na CPI, já que um acordo entre os distritais e o Exército assegura a presença de generais na Casa, mesmo que não sejam obrigados a comparecer — a convocação foi transformado em convite.

Outros generais

Dentro do cenário dos generais, a CPI ouve o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), em 1° de junho. O general era considerado por muitos do núcleo do ex-governo, como braço-direito do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Heleno e a CPI já chegaram a costurar um depoimento na CLDF, mas o general desistiu após ser orientado pelos advogados a não colocar “mais gasolina”.

Por fim, o general Marco Edson Gonçalves Dias, ou G.Dias, deve ser ouvido pelos distritais em 17 de junho. O general ocupava o cargo de ministro-chefe do GSI nos ataques do dia 8, e pediu demissão após imagens reveladas pela CNN Brasil mostrarem que o militar estava circulando dentro do Palácio do Planalto durante os atos. A atuação do ex-ministro foi estopim para os distritais aprovarem a convocação do militar.

Apesar de todos estarem convocados, um acordo entre o Exército e os deputados distritais transformaram a vinda do trio em convites — quando não são obrigados a comparecer. Uma equipe do Exército compareceu à CPI na última semana, antes do depoimento do empresário suspeito de financiar os atos, Adauto Lúcio Mesquita, inspecionando a Casa e conversando com os parlamentares em cada gabinete. Os militares do Exército pediram que a comissão transformasse as convocações em convite e, com isso, confirmariam a presença dos generais.

“Recebemos uma delegação de militares, enviados pelo comandante do Exército (Tomás Paiva), onde ele pediu que nós transformássemos as convocações, de três generais, em convite. Com isso, ele garantiria a presença desses generais aqui, uma vez sendo convidados. Eles conversaram com todos os deputados”, disse o presidente da CPI Chico Vigilante (PT).

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