Dia das mães

Filhos fazem relatos emocionados sobre as mães, no dia dedicado a elas

O amor imensurável, as incontáveis renúncias e a grande conexão estabelecida com os filhos ainda no ventre, tornam as homenagens insuficientes para expressar o tamanho dessas mulheres nas vidas dos filhos

Mariana Saraiva
José Augusto Limão *
postado em 14/05/2023 06:00 / atualizado em 14/05/2023 07:09
Múcio Fabiano exibe o desenho que fez da dona Efigênia. Ele e cinco irmãos organizaram uma grande festa -  (crédito:  Mariana Lins )
Múcio Fabiano exibe o desenho que fez da dona Efigênia. Ele e cinco irmãos organizaram uma grande festa - (crédito: Mariana Lins )

No dicionário da língua portuguesa, a palavra mãe significa oferecer cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa. A mãe, de fato, entrega o sentimento de aconchego e faz um papel de 'lar' durante a gestação e de refúgio ao longo da vida. A troca de amor começa antes mesmo do nascimento, no ventre, e, durante os nove meses mãe e filho são um do outro, conexão estabelecida ali e que segue anos a fio. O amor de uma mãe é indescritível, talvez, por sua imensidão e complexidade, e por isso merece uma data para homenagear essas mulheres que têm papel tão importante e que dão seu máximo para o bem-estar e felicidade dos filhos. 

Um exemplo é Dafne Dandara, de 24 anos. Ela é mãe do Yan, do Yuri e da Yara; e teve o primeiro filho aos 17 anos. "Foi um susto, não foi planejado, mas foi a melhor coisa que Deus fez na minha vida. Descobri um amor diferente de outros que sentimos durante a vida. Um sentimento que nasce junto com o filho e me torna capaz de fazer qualquer coisa", contou. "Por mais que eu tente, não consigo descrever o amor de mãe. É grandioso demais para caber em palavras", completou Dafne.

  • Múcio Fabiano exibe o desenho que fez da dona Efigênia. Ele e cinco irmãos organizaram uma grande festa Mariana Lins
  • Bunina dos Santos contou a história de sua mãe que veio da Bahia para a capital federal e cuidou de 12 filhos Mariana Lins
  • Evylin Sol está há um ano morando sozinha desde que sua mãe Cecília se mudou para Valparaíso Mariana Lins
  • Paola Cardoso, que pretende engravidar mais vezes, se emocia ao receber a cartinha do filho Victor Carlos Vieira
  • Ana Clara, mãe da Sophia e do Salomão, diz que a maternidade lhe dá força para enfrentar todos os desafios Carlos Vieira
  • Yan desenhou para homenagear a mãe Dafne Carlos Vieira
  • Mãe de três, Dafne Dandara diz que descobriu com os pequenos um amor diferente de outros Carlos Vieira
  • Ana Clara esperando para vê a homenagem feita pelos filhos Sophia e Salomão Carlos Vieira

Outra mãe apaixonada pelos filhos é a Paola Cardoso, 29, que deixou o trabalho de lado para poder curtir a infância do Victor e do Caleb. "O tempo passa muito rápido e eu quero viver cada coisinha ao lado deles, eu sei que isso é um privilégio e muitas mães não podem ficar em casa para cuidar dos filhos", avalia. Recentemente Paola perdeu um bebê durante a gestação, mas o fato não a desanimou e ela quer ter mais filhos. "Quantos filhos Deus quiser me dar vou estar de braços abertos para receber. Eu amo ser mãe", disse emocionada.

Ana Clara Andrade, 34, renunciou à carreira de comissária para se dedicar à maternidade, em tempo integral, de Salomão e de Sophia. "A vida de mãe muda, mas é o maior presente. O Salomão é autista, então, é um desafio a mais que me ensina muito. É um amor incondicional que me dá força para enfrentar tudo."

Uma coisa é certa, os filhos da Dafne, Paola e Ana Clara têm algo em comum: eles possuem mães que dão o máximo para vê-los felizes e os amam de forma incondicional. Elas são o máximo!  

Saudades, mãe! 

Os filhos crescem, e isso é consequência da vida. O tempo passa e com ele vêm as responsabilidades, cada um começa a traçar seus próprios caminhos. Mas a saudade da mãe, é algo inevitável, uma lembrança boa de alguém que marcou uma vida. 

Sentindo falta do aconchego materno, Evylin Sol, 22, está há um ano morando sozinha desde que sua mãe Cecília se mudou para Valparaíso. "Quando morávamos juntas era muito bom, ela gosta muito de conversar, sinto muito falta da comida dela", declara. A estagiária de pedagogia comprou o presente do Dia das Mães e, ansiosa, espera encontrá- la hoje. "Nós somos três irmãos, quando todo mundo morava junto era uma bagunça, mas ela conseguia cuidar de todo mundo. Minha mãe é aquela mãe bastante agitada, então conversava, dava bronca nos meninos. Ela é desse jeito, mas é boa gente (risos)", relata a moradora de Brazlândia.

Emocionada, Bunina Bispo dos Santos, 36, conta a história de sua mãe que veio da Bahia para a capital federal e, aqui, criou 12 filhos. "Ela conseguia cuidar de todos, minha mãe é uma batalhadora, guerreira, teve bastante força para acolher a todos", lembra. A dona de casa passa grande parte do tempo cuidando do filho e pretende usar o Dia das Mães para matar a saudade. "Ultimamente estamos um pouco afastadas por causa da falta de tempo, mas nossa relação é muito boa. Desde pequena, como sou a mais velha, somos muito unidas", explica a moradora de Valparaíso.

Já pensando no almoço em família de hoje, Mucio Fabiano, 45, e seus cinco irmãos planejaram uma grande festa para a dona Efigênia. "Ela veio em 1960 de Governador Valadares (Minas Gerais) e conheceu meu pai em Brasília. Todos os filhos nasceram e foram criados aqui. Ela tem seis filhos, 13 netos e dois bisnetos, uma família bem grande", revela. O administrador fez um desenho de sua mãe e a definiu como "minha rainha". "Ela é fonte de inspiração, melhor mãe possível, não tem outra igual. Ela é aquela que tira da boca para dar ao filho", diz.

 

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