Condenação

Justiça condena a 12 anos homem que matou mulher e ateou fogo ao corpo

Luciana Regina de Faria, 46 anos, foi sequestrada, assassinada e carbonizada no Recanto das Emas, em agosto do ano passado

Darcianne Diogo
postado em 03/05/2023 20:43
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A Justiça do Distrito Federal condenou a 12 anos de prisão o homem acusado de sequestrar, matar e carbonizar Luciana Regina de Faria, 46 anos. O caso ocorreu em agosto do ano passado e comoveu  o DF. O julgamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (3/5), no Fórum do Recanto das Emas.

Roberto Oliveira Santos está preso desde setembro de 2022 e foi submetido a júri popular. Condenado por homicídio e destruição de cadáver, o acusado deverá cumprir a pena em regime inicial fechado. A advogada Rayane Duarte, que representa a família de Luciana, informou ao Correio que vai recorrer da decisão para que a pena seja aumentada.

Luciana era deficiente e sofria de esquizofrenia e epilepsia. Em agosto de 2021, a mulher saiu de casa para ir à igreja e desapareceu. O paradeiro de Luciana estava incerto até o começo de setembro, quando policiais da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), que investigavam o caso, tiveram acesso às imagens das câmeras de segurança de uma rua próxima ao fórum da região.

O vídeo mostrava um homem, de 36 anos, arrastando um saco grande e envolto em um cobertor. Durante as investigações, os policiais descobriram que dentro do saco estava o corpo de Luciana. A mulher foi sequestrada por um servente de pedreiro da cidade, levada até à casa onde ele morava e assassinada. O homem ainda tentou concretar o corpo da vítima na parede para não deixar rastros. Como não conseguiu, levou o cadáver em um saco até a Quadra 206, perto do fórum e em meio à movimentação de pedestres, e ateou fogo.

Roberto tentou cimentar o corpo da mulher. Ao não conseguir o arrastou pelas ruas do Recanto das Emas
Roberto tentou cimentar o corpo da mulher. Ao não conseguir o arrastou pelas ruas do Recanto das Emas (foto: Reprodução)

O assassino tratava-se de um andarilho que, segundo as investigações, trabalhou na construção de uma obra próximo à casa de Luciana. Em fuga, o homem passou a morar em um albergue da cidade e chegou a pedir auxílio para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para viajar para a Bahia. A partir disso e de denúncias anônimas, a polícia identificou e prendeu o autor.


Medo de homens

Após a localização do cadáver carbonizado, os investigadores chegaram à identidade de Luciana por meio de um exame de DNA feito em 29 de setembro. À época, Juliana Faria, 30, irmã de Luciana, disse ao Correio que a irmã morava com ela e com a mãe e, pelo diagnóstico de esquizofrenia, recebia muita atenção e cuidado. “Minha irmã só rezava. Todos a conheciam, ela só ia para a igreja e tinha pavor de homem. Com certeza, ele a pegou quando ela estava indo na vizinha. Não consigo ter explicações para isso, só queremos que a justiça seja feita”, desabafou.

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