Com o envelhecimento da população brasileira, os diagnósticos de Alzheimer tendem a ser mais comuns. De acordo com o Ministério da Saúde, a cada ano surgem 100 mil novos diagnósticos. Controlar fatores de risco, como taxa de colesterol e açúcar, pressão alta, obesidade, beber com moderação e não fumar podem evitar a doença. A avaliação é do geriatra Otávio Castello, em entrevista ao CB.Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quinta-feira (27/4).
Na bancada com a jornalista Carmen Souza, o médico apontou que causas genéticas têm pouca importância no desenvolvimento de Alzheimer. “As pessoas que não tratam surdez têm uma chance muito maior. Da mesma maneira é a depressão sem tratamento. A baixa escolaridade também”, afirmou.
Um estudo realizado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), no Paraná, mostrou que o uso de CBD (canabidiol) melhorou o humor, o sono e a memória de pacientes com Alzheimer. Para Castello, o uso do derivado da maconha é promissor no tratamento da doença em casos graves. “Tem gente que acha que nós estamos falando da maconha fumada, mas não tem nada a ver. Estamos fazendo remédio. Em pessoas com agitações, pode funcionar, mas é tudo experimental ainda”, explicou.
Mas antes do tratamento, é preciso atenção aos primeiros sinais. De acordo com geriatra, esquecimento é algo normal, mas o alerta deve ser ligado quando isso passar a atrapalhar o cotidiano. "O paciente com Alzheimer desaprende. Confunde o remédio, se atrapalha com dinheiro, esquece o caminho de casa. Isso vai progredindo aos poucos”, exemplificou.
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*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso