Os estudantes da rede pública do Distrito Federal não terão aula na quarta-feira (26/4) em virtude da paralisação dos professores, que se reúnem em assembleia para debater o indicativo de greve da categoria. A expectativa do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) é de adesão de 90% das escolas à paralisação.
Segundo a entidade, a categoria está “empobrecida”, com salários configurando em penúltimo lugar entre as 32 categorias de nível superior do governo do DF. “Em 2015, ganhávamos 105% acima do piso nacional e, hoje, o GDF vem descumprindo a Lei do Piso, pois o professor começa recebendo 4,5% abaixo do piso, uma vergonha para a capital do país”, lamenta Samuel Fernandes, diretor do Sinpro.
Ainda segundo o sindicalista, caso o governo não sinalize uma nova proposta financeira que atenda à categoria, como a incorporação de gratificação ou mudança de padrão, professores e orientadores podem decretar greve na assembleia desta semana. “Não queremos a greve, mas agora a responsabilidade se vai ter ou não está nas mãos do governo”, declara Fernandes.
A Secretaria de Educação (SEEDF) informou ao Correio que os professores têm autonomia para comparecer ou não à assembleia de quarta-feira (26/4). A pasta também disse que se os estudantes que não tiverem aula no dia da reunião dos professores terão reposição posteriormente.