Após um profissional de saúde do Distrito Federal assinar, em abril, o laudo médico que aponta piora do quadro de saúde do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, a defesa do político - preso há mais de três meses por suspeitas de ser omisso e conivente com os atos golpistas de 8 de janeiro - vai pedir uma avaliação psicológica de seu cliente.
Segundo informações do jornal O Globo, o documento assinado pelo médico diz que, desde 17 de janeiro, Torres teve uma "piora significativa do estado geral, com perda de peso, mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores”.
O laudo também afirma que Anderson Torres passou por "intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises (como risco de suicídio)”, mas afirma que “houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do esperado”.
Nesta segunda-feira (24/4), o ex-ministro da Justiça vai completar 100 dias preso no 4ª Batalhão da Polícia Militar, no Gama, no Distrito Federal.
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Avaliação psicológica
Diante da piora do quadro de saúde, a defesa de Anderson Torres irá pedir uma avaliação psicológica. De acordo com a CNN Brasil, os advogados do ex-secretário do governo do DF, Ibaneis Rocha (MDB), solicitam que um psiquiatra da rede pública faça um diagnóstico da atual situação.
Na segunda, a PF deve ouvir Torres sobre o caso de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições em cidades onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva registrava vantagem sobre Bolsonaro.
O Correio ainda tenta contato com os advogados de Anderson Torres para confirmar as informações de que um laudo médico demonstrou a significativa piora da saúde e o pedido de avaliação psicológica.