Um projeto de lei proposto em tramitação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) quer levar alimentação vegana para as escolas públicas do Distrito Federal. A intenção é que se abra uma opção no cardápio das unidades para os estudantes.
A proposta foi apresentada pelo deputado Ricardo Vale (PT), na sessão desta quarta-feira (19/4). Segundo ele, a proposição determina que no calendário não inclua nenhum ingrediente de origem animal e que exista um cadastro nas instituições a fim de monitorar a qualidade dos alimentos que serão fornecidos aos estudantes.
“Creio na viabilidade do projeto porque não implica em aumento da despesa e, na verdade, vai melhorar a qualidade das refeições escolares e pode motivar mais famílias e alunos a optarem até mesmo por refeições mais saudáveis. Trata-se de um projeto que caminha na direção de uma tendência observada. Além do que, não será imposição de restrição, apenas será dada a liberdade de escolha”, garantiu o distrital.
No Brasil, uma pesquisa do Ibope mostrou que, em 2018, aproximadamente 7% da população era considerada vegana e que 55% dos brasileiros dariam preferência para produtos veganos, se houvessem indicações nas embalagens, ou se o preço fosse igual aos produtos já vendidos no mercado nacional. Na capital federal, estima-se que essa comunidade seja de 40 mil pessoas.
Para chegar ao plenário para ser votado pelos deputados distritais, o projeto precisa passar pelas comissões da CLDF.
O que é?
O termo vegan (vegano traduzido para o português) foi criado em 1944 pelo britânico Donald Watson e, desde então, transformou-se em um movimento político, ético e de estilo de vida, ganhando muitos adeptos no calor das revoluções contraculturais da década de 1960. O veganismo procura excluir todas as formas de exploração animal, seja na alimentação, no vestuário ou em qualquer outra finalidade.