Jornal Correio Braziliense

HISTÓRIA

‘Podcast do Correio’ aborda a cultura e a política das primeiras décadas de Brasília

Os jornalistas Severino Francisco e Rosane Garcia abriram as memórias das décadas de 80 e 90 sobre as cenas cultural e política da capital

“Irmãos gêmeos”, Brasília e o Correio Braziliense completam, na próxima sexta-feira (21/4), 63 anos de história. Para celebrar a data e relembrar os momentos mais marcantes de ambos, o terceiro episódio da série especial do Podcast do Correio sobre a data recebe o cronista e subeditor de Cultura, Severino Francisco, e a subeditora de Opinião, Rosane Garcia.

Em conversa com os apresentadores Ronayre Nunes e Talita de Souza, Severino e Rosane contam como era o cenário da cultura e da política a partir dos anos 80 — década em que começaram a documentar a história de Brasília nessas áreas.

De uma entrevista frustrante com Rubem Braga até um pedido especial de Athos Bulcão, Severino compartilhou as memórias mais marcantes — e peculiares — que guardou do tempo em que esteve no Correio. O jornalista cultural relembra que as emoções na cobertura da Cultura começaram no momento em que foi chamado para trabalhar no jornal pelo então chefe de redação Oliveira Bastos, após "enfrentá-lo" em um debate sobre o tema.

“Não sabia quem ele era e o debate começou a ficar aflorado, ele era debochado e eu fui para cima. Em determinado momento, ele me cutucou e falou ‘a partir de amanhã você vai trabalhar comigo, aparece lá no Correio’”, lembra Severino.

Já a subeditora de Opinião, Rosane Garcia, lembra que começou no jornal responsável por cobrir pautas importantes e que são temas, atualmente, de diversos ataques: direitos dos povos originários e dos negros. Ela lembrou que, na época da Ditadura, nos anos 80, os militares mantinham a pauta dos indígenas de forma positiva para conquistar recursos internacionais, como os enviados pelo Banco Mundial.

Rosane compara a luta e a oposição da pauta das demarcação das terras indígenas na época com o momento atual do país. “Um laudo antropológico bem feito jamais era questionado. A justiça não tinha dúvida. O Exército brasileiro sempre foi o melhor organismo de Estado para demarcação dos povos indígenas. O que se vê hoje é uma oposição orquestrada contra esses povos a partir do próprio Estado”, define.

Confira abaixo todas as memórias contadas por Severino e Rosane: