Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal nesta terça-feira (18/4). A ação faz parte da terceira fase da operação que investiga o desvio e receptação de computadores do Ministério do Desenvolvimento. Como parte da ação, também foram encaminhados três mandados para o sequestro e bloqueio de bens. As fases anteriores da operação constataram que os aparelhos furtados são ilegalmente comercializados.
Segundo o levantamento patrimonial feito pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, mais de 300 computadores e 200 monitores reservados em depósito foram furtados por funcionários do próprio MDR e de outras três instituições públicas e privadas. Calcula-se que o crime deixou um prejuízo de mais de R$ 1,5 milhão.
Além dos responsáveis pela subtração de aparelhos, também foram identificados pela análise do material apreendido os intermediários que revendiam os aparelhos obtidos ilegalmente.
As apreensões de computadores furtados de órgãos públicos foram iniciadas em 6 de abril do ano passado. Na primeira fase de operações, foram recuperados aparelhos em uma loja da Asa Norte e a segunda fase de investigações foi iniciada em setembro de 2022 com a descoberta de novos receptores.
Nomeada Operação Chiaroscuro, a investigação constatou a utilização de lojas legalizadas (white market) para a revenda do material obtido no mercado negro (black market), o que serviu para disfarçar a forma ilícita de obtenção dos produtos. Os investigados poderão responder pelo crime de receptação qualificada e peculato impróprio.
* Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel