Morreu nesta segunda-feira (17/4) o advogado e economista Rubens Amaral, aos 88 anos, em decorrência de insuficiência cardíaca. Amaral tinha diversos problemas de saúde que acabaram enfraquecendo o coração. O pioneiro deixa a mulher, Simone Fontes do Amaral, com quem foi casado por 60 anos e teve os três filhos, Andréa Fontes Amaral, Rubens Fontes Amaral, conhecido como Binho, e Adriana Fontes Amaral.
O advogado nasceu na cidade de Guapé, em Minas Gerais, e saiu de casa aos 14 anos para morar em Belo Horizonte (MG). Em 1958, veio para Brasília para trabalhar na construção da nova capital do Brasil. Rubens firmou raízes no Distrito Federal e fez centenas de amigos, boa parte deles também pioneiros.
“Ele vai ficar lembrado como uma pessoa apaixonada pela vida, tinha muitos amigos e amava a cidade que ajudou a construir, ele viu isso aqui sair da terra, ele amava Brasília”, disse a filha Andréa, emocionada ao lembrar da trajetória.
Rubens foi um dos frequentadores da casa de chá Flor do Abaeté, recinto dos pioneiros de Brasília. O bar, que nunca serviu chá, foi, por muitos anos, o ponto de encontro dos amigos que viram a capital nascer. Eles se reuniam para beber cerveja e dar boas gargalhadas. Ainda segundo a filha, mesmo com fim do boteco e a morte de membros do grupo, era uma tradição para o pai sair para almoçar com os pioneiros às sextas-feiras.
Profissional dedicado, Rubens passou por vários cargos do Governo do Distrito Federal (GDF), atuou assiduamente na Novacap e na Companhia Energética de Brasília (CEB) e criou o fundo de pensão para os servidores do órgão. Ele terminou a carreira pública como Secretário de Viação e Obras do DF.
O sepultamento será nesta terça-feira (18/4), às 17h30, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.