Jornal Correio Braziliense

GDF

Saúde cria grupo para enfrentamento de doenças respiratórias em crianças no DF

Portaria saiu em edição extra do Diário Oficial do DF. Decisão foi tomada após saúde notar alta no número de doenças respiratórias em crianças na capital federal

O governo do Distrito Federal criou, nesta sexta-feira (14/4), o Centro de Operações de Emergências Pediátricas (COEP) para o enfrentamento das doenças respiratórias da infância na capital federal. O texto saiu em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

O documento, assinado pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, diz que “considerando o “índice acentuado de infecção pelo vírus sincicial respiratório e outras doenças respiratórias da infância que agravam sobremaneira o estado de saúde das crianças do Distrito Federal e Entorno” faz com que seja criado o centro.

Foram designados 31 servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) para a instituição do plano. O centro terá as atribuições de analisar os padrões das ocorrências que chegam nas unidades de saúde do DF, distribuição e confirmação dos casos de infecção pelo vírus sincicial respiratório e outras doenças e elaborar os fluxos e protocolos de vigilância e assistência para o enfrentamento das doenças respiratórias da infância.

Além disso, terão que organizar ações que visem à capacitação dos servidores da SES-DF e das unidades privadas conveniadas ao SUS DF, de forma a ampliar o potencial de resposta a este agravo e subsidiar os gestores da SES-DF com informações técnicas relacionadas ao assunto visando à adoção de medidas oportunas e tomada de decisões.

CB.Poder

No mês passado, a secretária da pasta falou sobre o aumento de crianças infectadas com o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no DF e o que tem sido feito para lidar com esse cenário. A titular da pasta também falou sobre a meta do governo de redução em 60% das filas de cirurgias eletivas. A declaração foi dada no CB.Poder — parceria entre Correio e a TV Brasília.

Florêncio afirmou que a circulação da doença é anual, porém, foi mais agressiva em 2023, principalmente para menores de 2 anos, por conta de dois fatores: pandemia e cobertura vacinal. “Ficamos dois anos com as nossas crianças em isolamento, ou seja, não havia o contato com outras crianças. Também não podemos deixar de salientar a cobertura vacinal. Precisamos aumentar a nossa cobertura vacinal nas doenças imunopreveníveis. Se crianças tivessem sido expostas a crianças com calendário vacinal completo, esse vírus seria menos agressivo”, explicou.

Para lidar com a situação, a prioridade está sendo o reforço da mão de obra de profissionais da saúde, principalmente em pediatria. Na Saúde do DF, há 510 pediatras, distribuídos em atenção secundária e hospitalar. “Hoje, pela manhã, fizemos todo um redirecionamento. Conversei com a atenção secundária para que priorizássemos a pediatria geral nesses ambulatórios", afirmou.