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Acusado de matar mãe e filha em córrego é condenado a 30 anos de prisão

Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foram brutalmente assassinadas próximo a um córrego localizado no Sol Nascente. Jeferson Barbosa, o acusado pelo crime, foi preso pela Polícia Civil do DF

Preso desde fevereiro de 2022, o homem acusado de matar mãe e filha no Sol Nascente foi condenado a uma pena de 30 anos e 6 meses pela Justiça do Distrito Federal. O crime bárbaro ocorreu em 9 de dezembro de 2021 e comoveu todo o DF. Grávida de quatro meses, Shirlene Ferreira da Silva, 38, e a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foram brutalmente assassinadas próximo a um córrego localizado no Sol Nascente.

Mãe e filha estavam desaparecidas após saírem de casa, em 9 de dezembro, para ir tomar banho no córrego. Uma força-tarefa foi montada para buscar as duas mulheres, com cães farejadores, mergulhadores e helicópteros do CBMDF e da Divisão de Operações Especiais da PCDF (DOE). As equipes encontraram um guarda-chuva à margem do córrego e, depois de 11 dias, localizaram os corpos após distante cerca de 500 metros do córrego. Os cadáveres estavam em estado avançado de decomposição e cobertos por folhas.

ED ALVES/CB/D.A.Press - 07/02/2022. Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Coletiva de imprensa sobre as mortes de Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, grávida de 4 meses, morreu com 37 facadas ao tentar salvar a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, das investidas do criminoso. 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) revelaram a identidade do principal suspeito de cometer o duplo assassinato. Morador do Sol Nascente, Jeferson Barbosa dos Santos. Na foto o Delegado Thiago Peralta.
PCDF/Divulgação - Jeferson se entregou após ter a foto divulgada pela polícia
Arquivo pessoal - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha, Tauane, 14, foram mortas no Sol Nascente. As duas ficaram desaparecidas por 11 dias
Ed Alves/CB/D.A Press - Lazer de mãe e filha terminou em investida brutal e morte
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Ed Alves/CB/DA Press - Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14. Mãe e filha desperecidas. Sol Nascente. Retirada dos Corpos.
Ed Alves/CB/DA Press - Mãe e filha assassinadas serão levadas ao Instituto de Medicina Legal (IML). Objetivo é a perícia esclareça mistério que envolve o crime de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e da filha Tauane, Rebeca da Silva, 14,
Ed Alves/CB/DA Press - Corpo será levado ao Instituto de Medicina Legal (IML). Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, estava grávida de 4 meses. A filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foi ao córrego no último dia 9, acompanhar a mãe

Após intensa investigação por parte das 23ª Delegacia de Polícia (P Sul) e 19ª DP (P Norte), a polícia chegou ao encalço do acusado de matar mãe e filha. Sob a coordenação do delegado-chefe da 19ª DP, Thiago Peralva, Jeferson Barbosa dos Santos, 26, foi preso no município de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. À época, o delegado contou que Jeferson estava escondido na casa de familiares e, ao ver que sua foto estava sendo amplamente divulgada e que a polícia sabia que ele estava na Bahia, ficou com medo de “ser morto”.

Em depoimento, o acusado negou o crime. “Ele confirmou que estava no local, no dia e horário do crime. Que estava no córrego, desceu na cachoeira, mas diz que foi para fumar um cigarro de maconha e depois foi embora”, narrou o delegado na época dos fatos.

Jeferson foi condenado por duplo homicídio duplamente qualificado e dupla ocultação de cadáver. A defesa, por sua vez, articulou teses de negativa de autoria, insuficiência probatória, necessidade de absolvição e ausência de qualificadoras. A pena deverá ser cumprida em regime inicial fechado


Relembre

Shirlene saiu de casa às 14h30 na companhia da filha Tauane Rebeca. Por volta das 18h30, o marido, Antônio Silva, chegou em casa e perguntou pela mulher ao filho mais novo do casal. Em resposta, o garoto disse que as duas haviam saído para ir até o córrego e não haviam retornado até então. Preocupados, os familiares registraram boletim de ocorrência por desaparecimento na 23ª Delegacia de Polícia (P Sul). Mãe e filha deixaram os celulares em casa antes do passeio.

Os corpos das duas só foram encontrados 11 dias depois. Mãe e filha estavam uma ao lado da outra, com metade dos corpos enterrados sob um lamaçal e a outra parte coberta por folhas. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Shirlene foi atingida 37 vezes com golpes de facas, provavelmente em uma tentativa de proteger a filha do agressor.