Jornal Correio Braziliense

Segurança

Distritais encaminham ofício à SSP pedindo reforço policial nas escolas do DF

Documento foi encaminhado ao secretário de Segurança Pública do DF. Os parlamentares pediram que seja deslocado policiais de batalhões de polícia para fortalecer a segurança das escolas

Os deputados distritais encaminharam um ofício à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) pedindo reforço no policiamento das escolas do Distrito Federal. O documento sugere que a medida seja de forma temporária, para que policiais possam ser deslocados de batalhões para fortalecer a segurança das unidades.

O texto conta, até o momento, com a assinatura de 23 dos 24 deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). “Outra sugestão é que o serviço voluntário das forças de segurança seja intensificado. Temos certeza que muitos policiais, que são pais de famílias, vão se dedicar para manter nossos filhos seguros”, diz o documento, de iniciativa do distrital Joaquim Roriz Neto (PL).

“É preciso, de forma urgente, que as famílias possam se sentir seguras para que seus filhos tenham garantido seu direito de ir e vir e principalmente, à Educação. Direto que vem sendo cerceado diante das frequentes notícias de possíveis ataques. Não podemos permitir que aconteça no DF a mesma tragédia que assolou Blumenau e deixou marcas eternas em todos os moradores”, afirma o documento, endereçado ao secretário da SSP Sandro Avelar.

União contra a violência

Em um grupo virtual que reúne 98,7 mil mulheres responsáveis por alunos e alunas do DF e do Entorno, uma mãe questionou as outras sobre a possibilidade de levar o filho para a escola. "Estão mandando o filho de vocês para a escola?", perguntou uma mãe. O caso foi revelado pelo Correio nesta quarta-feira (14/4).

As respostas nas publicações revelam um cenário de pânico e medo entre os pais. "Não estou mandando meus filhos e não vou mandar até essa situação melhorar", responde uma mãe. Outras dizem que estão prestes a deixar de enviá-los ao ambiente escolar por medo dos ataques. "Estou tendo crise de ansiedade", disse outra.

Professores, diretores e coordenadores de escolas públicas e particulares confirmam que a segurança do ambiente escolar tem sido colocada em dúvida pelos pais e responsáveis. "Existe todo um clima de tensão, surge em grupos de WhatsApp com conversas entre eles e vira uma crescente. Alguns deles vão à escola no meio do dia para ver como estão os filhos", relata um diretor de uma escola com 750 alunos da educação infantil até o 5º ano em Planaltina.