Jornal Correio Braziliense

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Corregedoria vai investigar conduta de policiais em tumulto em UPA do DF

Caso aconteceu na última semana. Corregedoria vai investigar conduta dos policiais que aparecem no vídeo dentro de uma UPA de São Sebastião

A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vai investigar a conduta de policiais militares que aparecem, em vídeo divulgado nas redes sociais, contendo uma mulher dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião. O vídeo mostra também a paciente sendo empurrada por um militar. 

O caso aconteceu na quinta-feira (6/4). De acordo com a PMDF, à época, a mulher foi levada para a 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) por ter desacatado uma servidora da unidade e os militares. A corporação foi acionada pela unidade de saúde após a servidora ser atacada no braço e no pescoço pela paciente.

“Para contê-la e evitar mais confusão na unidade hospitalar, um policial a empurrou para ela se afastar. A mulher se desequilibrou e caiu no chão”, detalhou a PMDF, na época. O episódio será investigado pela Corregedoria, que vai averiguar se houve excesso na abordagem dos policiais militares. Veja o vídeo da abordagem.

Esclarecimentos

Vice presidente da Câmara Legislativa (CLDF), o deputado Ricardo Vale (PT) protocolou um requerimento, nesta segunda-feira (10/4), pedindo explicações para a Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP-DF) a respeito da conduta dos militares.

No documento, além de solicitar esclarecimentos sobre quais procedimentos foram adotados para apurar a conduta dos agentes, o parlamentar também pediu que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar faça uma investigação completa sobre o fato na UPA de São Sebastião.

O caso

Na madrugada de quinta-feira (6/4), uma mulher foi contida pela PMDF pois estaria xingando e agredindo funcionários da UPA de São Sebastião. Enquanto os agentes realizavam a abordagem de uma outra paciente que começou a gravar o momento, ela também foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos.

Segundo depoimento prestado à polícia militar, a mãe da mulher de 31 anos alegou que a filha sofre de depressão e transtorno bipolar. De acordo com o advogado da paciente, Walisson Pereira da Silva, ela sofre de depressão e estava sob efeito de medicamentos. "Não podemos normalizar de que uma pessoa doente que está em busca de tratamento leve mata-leão e seja agredido. O que mais choca são policiais homens que aplicam mata-leão em uma mulher desarmada, que usam com toda a truculência e força. É um abuso e despreparo da PM. A família quer denunciar", disse.