Na madrugada desta quinta-feira (6/4), uma mulher foi contida pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) pois estaria xingando e agredindo funcionários da UPA de São Sebastião. Enquanto os agentes realizavam a abordagem de uma outra paciente começou a gravar o momento, ela também foi conduzida à 30 ª DP para prestar esclarecimentos.
Vídeo gravado por paciente mostra policial militar empurrando mulher que caiu no chão. Confira:
Segundo depoimento prestado à polícia militar, a mãe da mulher de 31 anos alegou que a filha sofre de depressão e transtorno bipolar
IGES
O Iges DF explicou em nota que, na madrugada desta quinta-feira (6/4), uma paciente alterada agrediu uma recepcionista e a PMDF foi acionada logo depois. “Em nenhum momento houve violência ou má conduta por parte dos trabalhadores do Iges DF”, explica o órgão.
PM
Em nota, a PMDF diz que o cabo da Polícia Militar do DF foi acionado para comparecer à UPA de São Sebastião, pois uma pessoa estaria agredindo e xingando os funcionários. Chegando ao local, os agentes se depararam com uma mulher gritando e partindo para cima das funcionárias. Os policiais tentaram conversar com ela, mas ela passou a xingar a guarnição da PMDF, que deu voz de prisão à mulher.
Enquanto os policiais realizavam a abordagem, uma paciente passou a incitar a mulher e outros pacientes a impedir a ação policial, além de se recusar a ser identificada. Segundo o boletim, a outra mulher, de forma agressiva, desobedeceu às ordens policiais para não atrapalhar a condução da mulher que estava sendo imobilizada, sendo advertida que estaria incorrendo em crime. Insistindo em incitar os demais pacientes a impedir a ação, ela recebeu voz de prisão.
Uma das autoras informou que seu filho estava com suspeita de pneumonia e que não conseguiu atendimento nas unidades de saúde da Cidade Ocidental, por isso foi até a UPA de São Sebastião. Disse que toda a confusão começou quando solicitou aos funcionários que dessem atenção maior à situação da mulher, mas o pedido não foi atendido. A mulher nega que tenha impedido a ação dos policiais ou que tenha xingado qualquer um deles.
As autoras assumiram o compromisso de comparecer ao juizado tão logo sejam intimadas.
Defesa
Em áudio, o advogado de defesa da mulher, Walisson Pereira da Silva, afirmou que a paciente sofre de depressão e estava sob efeito de medicamentos. O defensor considerou o caso como grave. "Não podemos normalizar de que uma pessoa doente que está em busca de tratamento leve mata-leão e seja agredido. O que mais choca são policiais homens que aplicam mata-leão em uma mulher desarmada, que usam com toda a truculência e força. É um abuso e despreparo da PM. A família quer denunciar", disse.