A vacinação contra covid-19 no DF continua, neste fim de semana, com a aplicação da dose bivalente. Na capital, a aplicação do imunizante da Pfizer está disponível, desde a última terça-feira (25/4), para pessoas com mais de 18 anos, moradores de instituição de longa permanência com 12 anos ou mais, imunocomprometidos, gestantes e puérperas (período pós-gestação).
Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), o esquema de vacinação segue em diversas unidades de saúde do DF (Confira os locais neste link!).
Para receber o imunizante é necessário comparecer ao local com documento de identificação com foto e, se possível, portando o cartão de vacina. Vale lembrar que para tomar a dose bivalente, é preciso ter recebido a última dose de reforço ou segunda dose da vacina contra covid-19 há pelo menos quatro meses.
Panorama no DF
Os dados da pasta mostram que no DF, já foram aplicadas cerca de 176 mil doses da vacina bivalente. Há um leve aumento, desde a dose adicional, a qual teve aproximadamente 64 mil aplicações. No entanto, o número ainda representa uma queda expressiva em relação à primeira dose, por exemplo, que teve 2,5 milhões de aplicações.
De acordo com boletim divulgado, até 22 de abril, foram notificados 903.944 casos confirmados de covid-19 na capital. Desses, 890.748 98,5%) estão recuperados e 11.854 (1,3 %) evoluíram para óbito. Hoje, a taxa de transmissão está em 0,90.
A Secretaria de Saúde informou, ainda, que, até o momento, foram registrados cerca de 70 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza B em residentes do DF. Desses casos, também foram notificadas quatro mortes pela doença.
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Imunize-se
Embora a pandemia de Covid-19 tenha arrefecido, é notório que ainda há casos da doença. Isso é agravado pela alta em casos de Influenza B. No entanto, outros fatores podem estar envolvidos. Segundo Anamélia Lorenzetti Bocca, professora do curso de Farmácia da Universidade de Brasília, o principal é, justamente, a cobertura vacinal, que hoje encontra-se longe do panorama ideal.
"O Ministério da Saúde está ampliando os grupos que podem ser vacinados para atingir um número maior de pessoas imunizadas. Estas duas vacinas visam primariamente os indivíduos considerados de risco de apresentarem uma doença mais grave, mas como estes grupos estão aderindo de forma muito tímida à campanha, a abertura é bem vinda na tentativa de protegê-los imunizando as pessoas mais próximas", explicou.
A pesquisadora também chamou atenção para o risco trazido por esse tipo de doença. Quando tratamos da Influenza B, por exemplo, embora esse tipo de infecção tenha menor capacidade de gerar variantes, quando comparada à Influenza A, ela ainda é perigosa. No entanto, a imunização pela vacina ainda é a forma mais eficaz de se proteger.
"Se o indivíduo estiver vacinado, ele (o vírus) não é perigoso, vai ter uma doença leve. Mas se o indivíduo não se vacina, apresenta características que predispõe a uma doença mais grave, para este paciente é sim mais perigoso. Vale lembrar que a gripe é uma doença grave, principalmente para crianças, gestantes e idosos", advertiu.
Por esse perigo potencial, as baixas na imunização se tornam igualmente perigosas, principalmente para algumas parcelas da população. "Este cenário é preocupante porque podemos ter surtos da gripe, covid, sarampo, entre outras doenças a qualquer momento. Apesar de popularmente se dizer que gripe não é grave, isto não é verdade. As taxas de óbito em idosos é alta e preocupante", concluiu.
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Corrida para a fila
Enquanto profissional de saúde, a médica Janaína Araújo, 27, alertou que após o período mais crítico da pandemia de covid-19, reitera a importância da população seguir o calendário vacinal para evitar formas graves da doença. "Quem tiver a oportunidade, corra para se vacinar", pede a moradora do Sudoeste, que foi se vacinar na UBS 2 do Cruzeiro.
Para ela, a pandemia está bem mais tranquila neste momento em relação a outros meses de 2021, quando havia cerca de 2 mil casos por dia e mais de 50 mortes no DF. "Temos casos bem mais leves. Virou quase uma doença sazonal, mas acho que é preciso reforçar as campanhas, mostrar os efeitos em números da redução das formas graves, porque muitas pessoas acham que a vacina impede de pegar o vírus", aconselha.
Com quadro de imunização contra a covid-19 completo, após tomar a vacina bivalente, a também moradora do Sudoeste, Nilsa Maria Santos, 83, recebeu ontem a aplicação a dose contra a gripe Influenza B. "Com a vacina, sempre me sinto segura. No começo, foi complicado porque não se tinha imunização e muita gente morreu. Agora, sinto que a vacinação deu certo, tanto que ninguém pegou covid-19 na minha família", vibra.
A pensionista aconselha a quem, ainda, não se vacinou procurar uma unidade básica de saúde do DF para garantir. "Vacina, desde que me entendo por gente, a gente tem que tomar para aceitar o que a ciência nos indica", finaliza Nilsa.
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