Investigação

Marília Mendonça: homem acusado de divulgar fotos é denunciado

Além das fotos da autópsia do corpo da cantora, André Felipe de Souza é acusado de divulgação do nazismo, racismo e xenofobia em redes sociais. Ele pode pegar 31 anos de prisão

Correio Braziliense
postado em 27/04/2023 15:15 / atualizado em 28/04/2023 17:38
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

O Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou à Justiça, nessa quarta-feira (27/4), André Felipe de Souza Alves Pereira, 22 anos, acusado de divulgar fotos dos corpos dos cantores sertanejos Marília Mendonça e Gabriel Diniz, que morreram em acidentes de avião.

De acordo com a denúncia, o acusado cometeu os crimes por meio de redes sociais — a partir da divulgação de links em publicações. Ainda segundo o MPDFT, pelo fato das imagens serem figuras públicas, a divulgação das imagens “não só gerou enorme comoção social, como também insuflou a curiosidade mórbida de diversos usuários, o que fez aumentar o alcance das publicações para milhares de pessoas”.

Além das fotos da autópsia do corpo da cantora, André Felipe de Souza é acusado de divulgação do nazismo, racismo e xenofobia em redes sociais, entre junho de 2022 e de abril de 2023, também por meio das redes sociais.

Ele também é acusado de ter induzido e incitado discriminação e preconceito de raça e etnia contra nordestinos, chamando-os de escória e colocando-os como problema do Brasil, além de ter defendido que nordestinos fossem colocados em campos de concentração.

Segundo o Ministério Público do DF, André Felipe fez uso de documento de identidade falso e atentou contra a segurança e funcionamento das atividades escolares, por ter divulgado na internet publicações exaltando, recordando em homenagem e incentivando novos atentados em 20 de abril de 2023, data em que, no ano de 1999, ocorreu o “Massacre de Columbine”. André também é denunciado por incitação ao crime e concurso material de crimes. As penas podem chegar a 31 anos de prisão, se condenado.

Prisão

O acusado foi preso em 17 de abril pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A operação — batizada de Fenrir — prendeu o homem em Santa Maria. De acordo com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), as imagens foram obtidas de forma ilegal e distribuídas de forma indiscriminada na internet.

No dia seguinte, a Justiça do Distrito Federal decretou sua prisão preventiva, durante audiência de custódia. André Felipe está encarcerado no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP 2), no Complexo Penitenciário da Papuda.

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