Violência contra mulher

Feminicídio: autor foi solto pela Justiça 2 dias após tentar invadir casa da ex

Suspeito Ivonildo Joaquim dos Santos, 47, recebeu liberdade provisória da Justiça do DF após tentar invadir a casa da ex, em 7 de abril. Ela solicitou medida protetiva de urgência

Júlia Eleutério
Pedro Marra
postado em 23/04/2023 01:15
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

Dois dias após ter sido preso por tentar invadir a casa da ex-companheira, Maria Ivonilde Abreu, de 47 anos, em 7 de abril deste ano, o suspeito Ivonildo Joaquim dos Santos, 47, foi liberado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Ele é acusado de assassinar a ex-mulher com facadas em um ponto de ônibus, na tarde desse sábado (22/4), perto da Feira dos Goianos. Após esfaqueá-la, ele tentou fugir do local, mas foi pego por populares depois do 10º crime de feminicídio de 2023.

No início deste mês, a ocorrência foi registrada na 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) como violação de domicílio e Lei Maria da Penha. No depoimento, ela afirmou que os dois conviveram juntos por três anos, mas a relação terminou cerca de um mês antes do registro do boletim de ocorrência. A vítima também havia feito pedido da medida protetiva de urgência.

Na época, ela relatou que havia sido agredida e ameaçada anteriormente, mas não registrou boletim de ocorrência. Quando o homem tentou invadir a residência, ela ouviu os gritos dele no quintal, após ter conseguido pulado o muro. No entanto, ele fugiu do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), acionada para ir até a casa às 14h40, a vítima detalhou que o ex-companheiro, pulou o muro, chutou a porta da casa algumas vezes para arrombar e invadir a residência. Mas o homem disse que não tinha a chave da porta ou do portão, além de dizer que era esposo de Maria. Ela não havia autorizado a entrada do ex-companheiro.

Maria notou que a fechadura da porta e a grade da janela estavam destruídas. O suspeito alega que é dono de um quiosque, com renda de aproximadamente R$ 2,6 mil. Ele tem uma filha menor de idade com Maria, que cuida da menina. Ele conta que a vítima era ciumenta e chegou a agredi-la.

 

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