Durante esta semana, vários professores da rede pública do Distrito Federal manifestaram medo de ir às escolas ontem, segundo o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). Não é para menos. 20 de abril, data em que ocorreu o massacre de Columbine (EUA), em 1999, foi a dia marcado em várias mensagens de ameaça de ataques a instituições de ensino que circularam pela internet nas últimas semanas. O sindicato também informou ao Correio que houve poucos relatos de estudantes que deixaram de ir às aulas.
Felizmente, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do DF não registrou nenhuma ocorrência de violência ou atentado nas unidades escolares. A Secretaria de Educação também não foi notificada de incidentes e informou que nenhuma instituição da rede pública fechou as portas na quinta-feira. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) também não foi notificado de casos de violência ou tentativas em escolas privadas do DF.
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Reforço e prevenção
A SSP informou que uma série de medidas preventivas estão sendo implementadas para aumentar a presença do Estado nas imediações das unidades de ensino e dar respostas rápidas em casos de ameaças e emergências. Fora o reforço do policiamento, a pasta diz que o sistema de inteligência da segurança pública fortaleceu o monitoramento da deep web e perfis em redes sociais que propagam ameaças ou fazem apologia à violência nas escolas.
Casos como esses, segundo a secretaria, terão prioridade e serão tratados com protocolos operacionais e de fluxos de informação da Segurança Pública do DF, envolvendo as Delegacias Eletrônica (DE), de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Criança e do Adolescente (DCA), Instituto de Identificação (II) e unidades circunscricionais da Polícia Civil (PCDF), além dos Batalhões de Policiamento Escolar (BPESC), de Operações Especiais (BOPE) e de unidades da Polícia Militar (PMDF).
Cerca de 20 pessoas foram detidas recentemente em operações das PMDF e da PCDF. Eles responderão por atos infracionais análogos a contravenções penais e crimes previstos no Código Penal Brasileiro. Quem for identificado, propagando ou compartilhando ameaças, trotes ou crimes relacionados, será responsabilizado criminalmente, além de poder ser multado em até R$ 4 mil.
A SSP fez levantamento de ocorrências registradas nos perímetros das escolas e identificou 60 unidades de ensino do DF que terão atenção maior nas ações. Essas unidades foram divididas entre as quatro companhias do BPESC, que será essencial nas ações e contará com o reforço no policiamento ostensivo com agentes do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) e com apoio dos batalhões de área.
A Secretaria de Educação (SEE) também está mobilizada, promovendo ações de promoção de cultura e paz nas escolas, com equipes de psicólogos, profissionais especializados em mediação de conflitos e comunicação não violenta, além de apoio à saúde emocional de estudantes, professores e servidores. Também são promovidas sessões de escuta solidária em projetos de gerenciamento de estresse.
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