CPI do DF

General Heleno desiste de comparecer à CPI dos Atos Antidemocráticos

General era esperado nessa quarta-feira (18/4) na CPI dos Atos Antidemocráticos, mas comunicou, por ligação, que não poderá comparecer à oitiva. Ele foi aconselhado por apoiadores a não ir à CLDF

Pablo Giovanni
postado em 18/04/2023 13:39 / atualizado em 18/04/2023 13:39
 (crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
(crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comunicou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos que não vai comparecer à oitiva marcada para esta quarta-feira (19/4).

O ex-integrante do governo Bolsonaro telefonou, na manhã desta terça-feira (18/4), para o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), detalhando que não poderá comparecer. A decisão pegou os integrantes da CPI de surpresa, já que a comissão mudou todo o calendário logo que Heleno sinalizou que queria falar. Inicialmente, o depoimento do general estava marcado para 5 de maio, mas ele manifestou explicou que estava com viagem marcada para a data.

No requerimento, Augusto Heleno é tratado como convocado. Ou seja, ele terá de comparecer à CPI uma hora ou outra. Heleno disse a Chico Vigilante que foi aconselhado por apoiadores a não comparecer à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Com o revés, a comissão não tem nenhum depoimento para tapar o "buraco" de quarta (19/4) e nem quinta-feira (20/4). Por isso, a CPI não terá oitivas nesta semana.

Outros depoimentos

O calendário atualizado tem a oitiva do general Gustavo Henrique Dutra, conhecido como general Dutra, que exercia o cargo de comandante militar do Planalto durante os ataques de 12 de dezembro e 8 de janeiro.

Ele foi citado pelo ex-comandante do Departamento de Operações (DOP), Jorge Eduardo Naime, por ter proibido a entrada da PMDF no acampamento do Quartel-General do Exército após os atos do dia 8.

O calendário definido prevê, além dos dois, o depoimento de policiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Um dos exemplos é a subsecretária de Operações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), coronel Cíntia Queiroz. Ela foi responsável pela reunião da elaboração do Protocolo de Ações Integradas (PAI) dos atos do dia 8 de janeiro.

Ex-comandante da PMDF, o coronel Fábio Augusto Vieira também será ouvido pelos parlamentares. Ele era responsável pelo comando da corporação nos ataques aos Três Poderes. Para a próxima quinta-feira (13/3), está previsto o depoimento do empresário Adauto Lúcio de Mesquita.

Cronograma para abril e maio

- 27/4: Coronel da PMDF Cíntia Queiroz (responsável pela reunião da elaboração do Protocolo de Ações Integradas);
- 4/5: Adauto Lúcio de Mesquita (empresário);
- 11/5: Coronel Fábio Augusto Vieira (ex-comandante geral da PMDF);
- 18/5: General Gustavo Henrique Dutra (ex-chefe do Comando Militar do Planalto);
- 25/5: Indígena José Acácio Serere Xavante.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE