Entre as águas do Paranoá e a vegetação do cerrado, o Museu de Arte de Brasília (MAB), criado em 1985 graças a uma iniciativa da Secretaria de Educação e Cultura, se tornou um ponto importante para aquecer a cultura do DF e movimentar o Setor de Hotéis e Turismo Norte, onde está localizado. Em 2007 o espaço foi temporariamente fechado e voltou a reabrir somente no aniversário de 61 anos de Brasília, em 2021. Dois anos após o retorno do público, o local desponta com grande relevância para brasilienses e visitantes.
Com quase cinco quilômetros quadrados, mostras permanentes e temporárias, o MAB oferece aos visitantes um acervo composto por cerca de 1.400 obras de arte modernas e contemporâneas, além de valorizar artistas que nasceram no Distrito Federal ou que aqui foram radicados. No espaço externo também são realizadas feirinhas de cultura com expositores locais, além de haver vista para o Lago Paranoá, que por si só, é arte.
Conforme o gerente do museu, Marcelo Jorge, os visitantes descrevem o lugar como "divertido, conectado e muito bonito". A reabertura do MAB fez sucesso e o número de pessoas que vão até o local cresceu significativamente, mostrando o potencial do museu para aquecer a cultura local. "Antes de fechar em 2007, o MAB recebia, por ano, no máximo algo em torno de 7.500 visitantes. Em 2021, o museu contou com 14.728 frequentadores, e em 2022, com 25.594 pessoas. Considerando que hoje em dia há muito mais opções de lazer na cidade do que há 15 anos, a ampliação enorme no número de visitantes demonstra que o museu tem sido um competidor de peso pela atenção dos brasilienses e dos turistas", destaca Jorge.
Segundo Marcelo Jorge, exposições internacionais atraem visitas espontâneas. Palestras e oficinas chamam atenção de um público especializado, as feirinhas atraem quem quer fazer passeio em família para comprar produtos e assistir apresentações.
Andréia Andriele Meireles é uma das frequentadoras que gosta de ir acompanhada, não apenas para ver as obras e participar dos eventos, mas também apreciar o local e a vista. "Conheci o MAB por meio de uma feirinha que gosto muito e que sigo nas redes sociais, a Varanda BSB. Já fui algumas vezes para passar o dia e aproveitar o espaço, que é uma delícia. Vou com minha filha e meu companheiro, aproveitamos a exposição, minha filha adora também, e a feirinha. Geralmente tem programação infantil e bandas com um som superlegal, além de já termos curtido DJs lá, adoro esse movimento do museu", diz.
Apesar de atender tantos gostos diferentes, por conta da localização, o museu ainda é elitizado. "Apesar de contar com o privilégio de estar na orla do Lago Paranoá, ele se encontra longe dos fluxos turísticos e dos principais meios de transporte público, o que gera obstáculos ao interessado que não possua veículo próprio", reforça o gerente do MAB.
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História
Erivan Hilário, conhecido como Ruth Venceremos, a primeira suplente de deputada federal, drag queen e produtora cultural fala sobre a relevância dos museus para que o brasileiro conheça a própria história. "É importante a gente ver o que o museu, não pensando apenas no Distrito Federal, mas no Brasil, é um espaço público que conta por meio da arte a nossa história, a história do povo brasileiro, isso é algo fundamental", afirma.
Thiago Malva, brasiliense e neto de pioneiros, tem orgulho de dizer que nasceu na capital, mas se entristece ao perceber que poucas pessoas têm interesse em visitar os pontos culturais de Brasília. "Gosto muito de defender o que a gente tem por aqui, especialmente a parte cultural. Temos vários museus, muitas obras de arte, tem todos os tribunais e palácios tem muito conteúdo de arte, mas que os brasileiros não sabem e até mesmo os brasilienses não conhecem."
Com a reabertura, o museu, junto à Concha Acústica, que desde 2021 é vinculada ao MAB, e os restaurantes na região movimentam pessoas, cultura e a economia na orla do lago.
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