ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

Conheça a história do CCBB, ponto de cultura e de lazer para famílias

Com exposições, shows e uma intensa agenda, o centro cultural atrai moradores das várias regiões do DF interessados em conhecer artistas e obras de destaque no mundo das artes

Isabella Almeida
postado em 21/04/2023 03:55
CCBB, no Setor de Clubes Esportivos Sul, tambpem é ponto de encontro de crianças -  (crédito: Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
CCBB, no Setor de Clubes Esportivos Sul, tambpem é ponto de encontro de crianças - (crédito: Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)

Inaugurado em 2000, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) se tornou local de lazer para as famílias e parada obrigatória para os apreciadores de cultura. Graças aos espaços amplos com café, restaurante, galerias, cinema, teatro, salas, jardins e praça, o CCBB oferece ao público exposições artísticas, instalações, sessões de filmes, shows e outras atrações.

A história do CCBB se mistura com a dos frequentadores, que têm uma infinidade de motivos para visitar o local. André Luis Gomes Moreira, 48 anos, frequenta o centro cultural desde 2007, para acompanhar as exposições que sempre são renovadas. As memórias criadas pelo professor estão ligadas ao espaço, às obras vistas e aos momentos compartilhados com a família, especialmente com o filho, que atualmente tem 17 anos, mas começou a ir com o pai ao CCBB com 2 anos.

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"Lembramos, vez por outra, de algumas ocasiões que estivemos juntos neste lugar. Entre elas, destaco algumas exposições realmente memoráveis, como a das pinturas de Escher, das esculturas gigantes de Ron Mueck, das instalações divertidas de Yayoi Kusama, das esculturas bizarras de realismo fantástico de Patrícia Piccinini", relata André Luis.

Ele se recorda perfeitamente de outras visitas ao CCBB, nas quais marcou presença, e que ficaram fixadas em sua memória, incluindo a que está disponível para o público atualmente. "Outro dia, nos lembramos de quão divertidas foram as do hiper-realismo e a em comemoração dos 50 anos do realismo, com pinturas perfeitas que pareciam fotografias, distribuídas em duas galerias dedicadas ao fotorrealismo e à realidade virtual. Não podemos deixar de destacar a que nos apresentou as pinturas do saudoso Ariano Suassuna e a mais recente, que subvertia nossa imaginação pela ilusão de ótica, que piscina fantástica, de autoria do artista Leandro Erlich", ressalta.

Segundo Moreira, o CCBB, suas exposições temporárias e o espaço permanente são parte do tempo livre da família, pois tudo que acontece ali é digno de ser lembrado. "Viver é construir memórias, sobretudo com quem amamos! Sempre que vamos lá, levamos alguém junto, pois o ambiente é convidativo à apreciação estética, à convivência ao ar livre, a um bom lanche ou piquenique, mas, sobretudo, à instigação de nossa criatividade", enfatiza Moreira.

  • Maria Eduarda Coutinho sempre vai ao CCBB, sozinha ou com amigos, e não deixa de conferir as exposições Arquivo pessoal
  • Rafael Stadniki frequenta o CCBB desde a infância e já teve a oportunidade de apresentar uma de suas produções Arquivo pessoal
  • André Moreira: boas lembranças de exposições marcantes, como as pinturas de Escher e as instalações de Kusama Carlos Vieira/CB/D.A Press
  • CCBB, no Setor de Clubes Esportivos Sul, tambpem é ponto de encontro de crianças Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press

Ele elogia também a programação do cinema e do teatro, sem se esquecer da habilidade de quem trabalha no local para fazer que tudo funcione. "A versatilidade do espaço e a programação cultural são, de fato, sedutoras para um programinha leve de fim de semana com amigos e com a família. Vale ir com tempo, sem pressa, para passar umas boas horas de descanso. Felicidade é ter tempo, e o CCBB é um ambiente que nos tem favorecido bons momentos de alegria, de cumplicidade e de aprendizagens. Brasília está de parabéns por ter acolhido esse espaço cultural", comemora.

Desde a infância

Rafael Stadniki, 24, conheceu o CCBB na infância, em 2005 foi para visitar a exposição "Antes — Histórias da Pré-História", desde então nunca mais parou de visitar o centro cultural. Stadniki narra a experiência como se ela ainda estivesse fresca na memória. "Eu conheci quando era criança ainda, não consigo me lembrar quando foi. Mas uma memória muito forte que tenho foi uma exposição, logo no início dos anos 2000, sobre o período pré-histórico. Era enorme e usava todos os galpões do CCBB com fósseis de animais, objetos feitos pelos antepassados dos humanos, foi sensacional!", destaca.

Apesar de ter diminuído a frequência que vai ao CCBB, o editor de vídeo ainda visita o local, seja para aproveitar o espaço, ver filmes ou conhecer novas exposições. "Já fui frequentador assíduo do CCBB ali na adolescência. Inclusive, é engraçado porque fiz muitos amigos, gente que é capaz de encontrar lá, se for visitar agora, que vivem por lá mesmo."

Stadinki conta ainda que sempre prestigiou as mostras de filmes, até que, quatro anos atrás, teve a oportunidade de estar do outro lado do palco. "Por muito tempo, fui espectador das mostras do CCBB. Mas, em 2019, uma das coisas mais legais, como frequentador do espaço, me aconteceu: pude exibir um de meus filmes lá! Foi o curta-metragem Sinucada, na Mostra Brasília em Plano Aberto", conta entusiasmado.

Romântico

Rafael deixa a dica para ninguém perder o que é proporcionado pelo CCBB. "É muito massa ter um local de excelência e com tanta exposição gratuita de qualidade em Brasília. E além disso, é um ótimo lugar para encontros românticos também! Quem nunca marcou um date no CCBB tá perdendo."

A designer Maria Eduarda Coutinho, 23, acredita que o espaço cultural é diverso por oferecer diferentes programas, até mesmo gratuitos, além de permitir atividades em grupo ao ar livre em um ambiente bonito e organizado. "O CCBB é um dos espaços democráticos e culturais de Brasília, que conta com exposições gratuitas, shows, mostra de filmes, teatro, feiras e etc. Sem falar da área verde enorme que tem lá, que nos possibilita levar toda a família e os amigos, fazer um piquenique e até comemorar aniversário ao ar livre", diz ela.

Maria Eduarda conta que as exposições são imersivas, o que deixa tudo mais encantador. "Em uma dessas experiências, pude conhecer inúmeras peças do Egito Antigo, em uma imersão pelos períodos e costumes. Peças que eu só veria se viajasse para o próprio Egito ou algum outro país", afirma.

Apesar de gostar muito do local, a designer conta que falta acessibilidade para quem não tem veículo próprio. "Minha crítica maior é em relação ao transporte para o local, eu moro perto e é tranquilo para eu acessar, mas vejo o problema no meu próprio grupo de amigos... Fico imaginando o quanto isso restringe o acesso de quem mora mais longe ou é de classe média baixa e quer proporcionar um entretenimento gratuito e saudável aos filhos", acrescenta Maria Eduarda.

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