Empresas engajadas para correr na Maratona Brasília, na próxima sexta

Maratona Brasília, que será realizada em 21 de abril, é vista como uma forma de estreitar os laços entre equipes de trabalho e clientes. Corrida de rua retorna após 25 anos para celebrar aniversários de Brasília e do Correio

Isac Mascarenhas*

Giovanna Estrela*

postado em 16/04/2023 06:00 / atualizado em 16/04/2023 10:02

(crédito: Roberto Castro/CB/D.A Press)

Todos já começaram a se preparar. Escolheram o tênis, as roupas e já começam a pensar nos quilômetros que serão percorridos. Há menos de uma semana da Maratona Brasília, escolas, lojas e academias do Distrito Federal estimulam seus funcionários e clientes para literalmente correr em busca de bem estar e espírito de equipe na tradicional corrida de rua que celebra os aniversários de Brasília e do Correio Braziliense.

Uma das empresas que incentivou seus funcionários é a La Priori Água, produtora de bebidas. De acordo com Marcos Rodrigues, coordenador de marketing e logística, a iniciativa foi recebida com entusiasmo. "Além da importância do evento em si, temos como base o cuidado com a saúde, o que tem total sinergia com a atividade física e consequentemente com a maratona, que é tradicional”, observa.

Marcelo Alcantara, 56, sabe bem como isso pode ajudar na saúde do corredor. O professor de educação física arrastou 29 colegas e alunos da academia onde trabalha para fazer a maratona, que ocorrerá em percursos de 5km, 10km e de 42km. “A gente já se reúne, já somos uma família. Então, isso fica mais fácil quando se tem um grupo que incentiva a fazer atividades", comemora.

No maior percurso — que poderá ser dividido entre dois colegas —, o corredor terá que passar pelo Eixo Monumental e dar uma volta pelas Asas Sul e Norte. Por isso, há dias eles fazem uma preparação física especial para entrar na pista, que inclui exercícios de resistência e táticas mentais para manter o foco. “Não é uma prova fácil de se correr. O corredor amador tem que estar realmente muito preparado para terminar a prova. É uma preparação de longo prazo”, analisa Marcelo.

“Juntar pessoas para se divertir”. É assim que o educador físico explica a corrida para os alunos que nunca participaram de uma maratona. De acordo com o professor, a intenção é ser uma atividade lúdica, sem compromissos sérios. “Caso não consiga terminar a prova, a frustração é inerente, mas isso deve servir para continuar a treinar para essa missão. Quem corre tem que ter um alto grau de resiliência”, ensina.

União

É comprovado que a prática de esportes estimula uma melhora no comprometimento e na união dos trabalhadores. A Brasal, grupo que atua em diversos segmentos, já conta com 100 inscritos na Maratona Brasília e, para eles, a atividade física é essencial para o cuidado da saúde física e mental dos colaboradores.

A gerente de marketing institucional da Brasal Holding, Laissa Alvim, conta que a adesão, por parte dos colaboradores, foi quase que imediata. A empresa organizou distribuição de maçãs, barras de cereal, biscoito e isotônico para o funcionário que passar pelo Eixo Monumental para comemorar o aniversário de Brasília. 

Sidiney Ribeiro, um dos colaboradores da incorporadora, está ansioso para a Maratona Brasília e se prepara para correr os 42km sozinho. “Minha expectativa é fazer uma boa maratona. Desejo chegar bem até o final. Sempre gostei de desafio”, relata. Ele aproveita para ressaltar que a alimentação, a hidratação e o gosto pela corrida são essenciais para a conclusão do percurso.

O funcionário, que correu 42km em outra maratona há seis meses, acredita também que competições como essa fortalecem o espírito de equipe. “Nós encorajamos as pessoas que acham que não conseguem. Quando um encoraja o outro, todos alcançam o sucesso”, completa Sidney.

Na escola onde o coordenador Carlos Roberto trabalha, o clima não é diferente. Com a corrida em pleno aniversário de Brasília, o momento entre a comunidade escolar é de comemoração. "É levar bem estar de forma recreativa”, descreve.

A procura por uma vaga foi alta. Desde os professores e administradores até os pais e alunos. Para Carlos, é uma forma de fortalecer o laço entre todos e incentivar hábitos mais saudáveis na escola. “Não tem nada mais gratificante do que unir pessoas, o sol e o céu de Brasília”, finaliza.

*Estagiários sob a supervisão de Patrick Selvatti