Brasília dispõe de um dos maiores lagos artificias do mundo. Foi construído com o objetivo de aumentar a umidade da cidade de clima seco. Serve também de refúgio para se refrescar durante o calor intenso do verão da capital. O lago traz várias possibilidades de diversão, lazer, meditação, esportes e náutica. Além disso, os frequentadores do espaço contemplam uma natureza exuberante, com nascer e pôr do sol alaranjado únicos, usado como cenário para belas fotografias.
De fato, os brasilienses sabem como aproveitar o Lago Paranoá, por lá existe diversas maneiras de se aventurar, com esportes para todos os gostos. Como aquabike, flyboard, windsurf, mergulho, canoa havaiana, remo entre outros. E para os que não curtem as aventuras aquáticas, tem espaço para piqueniques na Orla, na Ermida Dom Bosco, no Deck Sul e Norte, no Pontão do Lago Su. Lugares ideais para curtir ao lado da família e de pessoas especias.
Tem aqueles que praticam canoagem antes mesmo do raiar do sol e de iniciarem suas rotinas de trabalho. Vagner Maciel é instrutor de canoa havaiana há cinco anos, e todos os dias entra cedo nas águas do lago com os alunos da modalidade. "O lago é minha vida, às 6h eu já estou dando a minha primeira aula e desfrutando do nascer do sol. Praticamente todos os dias entro em contato com as águas do Paranoá." Ainda segundo ele, no período da seca, chega a receber cerca de 70 alunos no período da manhã.
Há quem busque além da beleza na superfície e se aventure pelas profundezas e pelos encantos do fundo do Paranoá. Marcos Aruso é proprietário da Eco Divers, uma escola de mergulho que está há 15 anos na capital. O mergulhador se caracteriza como fã número 1 do Lago Paranoá. "Eu moro e trabalho em frente ao lago, tenho uma conexão afetiva, ver toda a vida que tem lá em baixo é um presente." Todos nós, brasilienses, precisamos dele, seja pela umidificação do clima ou pela diversão. O instrutor também contou ao Correio que, durante um mergulho rotineiro, se deparou com restos de estruturas de casas da antiga Vila Amaury, que, antes da abertura das comportas para encher o lago, foi morada de vários trabalhadores que vieram de várias regiões para erguer a capital do país.
A produtora Carol Rabelo, 40, sempre pratica kitesurfe e canoagem, entre outras atividades sobre as águas do mar do cerrado. "O lago é uma das melhores terapias de Brasília", se emociona. Ainda segundo ela, nunca se sabe o que vai encontrar quando se vai às margens do Lago Paranoá. "Acaba sendo um ponto de encontro, de repente chega alguém dando uma aula de ioga ou funcional e você acaba participando", disse a produtora. O advogado Diego bacelar, 40, costuma praticar os esportes aquáticos na região, mas, ele também usa o espaço para passear com os cachorros e levar as filhas para brincar ao pôr do sol. "Eu acho importante criar essa memória afetiva nas crianças, conectar elas com a cidade natal", destaca Diego.
Mas existem realidades opostas, o lago não é de fácil acesso para todos, muitos brasilienses moram longe, e por conta disso acabam deixando de aproveitar o espaço. Esse é o caso de Lilian Dias, 44, a moça está a 25 anos na capital, moradora do Riacho Fundo, ela nunca havia visitado o Lago Paranoá. Sentada na orla da Ponte JK ela observava os dois filhos e o sobrinho andando de pedalinho. "Eu gostei bastante e quero vir mais vezes com a família", ressalta.
A amante de stand up paddle e remo Carolina de Menezes, 22, costuma frequentar o Lago como forma de relaxar e fugir do estresse diário. "Como Brasília tem não praia, essa é nossa opção de estar perto da natureza e da água, principalmente nos dias ensolarados". Úrsula Barbosa, 26, sempre vai ao lago para se banhar. "Morei um tempo no Jardim Botânico e costumava ir toda semana à Ermida Dom Bosco nadar. Agora morando em Ceilândia, vou menos. Mas sempre que é um dia muito seco e de muito calor, durante os fins de semana e feriados, eu chamo meus amigos e vamos" conta. Úrsula também gosta de tomar sol na orla e observar a vida das capivaras. "Durante o período de estiagem das chuvas, acho que esse lago salva literalmente vidas", ressalta Úrsula.
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