No dia em que completaria 32 anos, o paradeiro de Daniel Carvalho da Silva segue sem pistas. O empreiteiro está desaparecido desde 26 de outubro do ano passado, quando saiu de uma igreja em Ceilândia e foi sequestrado por criminosos. A Polícia Civil (PCDF) prendeu quatro criminosos envolvidos no sequestro.
Daniel nasceu em 8 de abril de 1991 e tem um filho pequeno. Na noite de 26 de outubro, Daniel saiu de casa, em Samambaia, e participou de um culto evangélico em uma igreja de Ceilândia. Ao sair do templo, criminosos abordaram o empreiteiro na caminhonete em que ele estava, uma Amarok branca. A cena foi registrada por imagens das câmeras de segurança.
As investigações conduzidas pela Divisão de Repressão a Sequestros da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DRS/Corpatri) revelaram que os criminosos obrigaram Daniel a entrar em um dos carros, um Up vermelho. Desde então, o paradeiro de Daniel segue incerto.
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Os envolvidos no sequestro, o professor Benevaldo Barbosa Novais e o irmão, Édson Barbosa, Wemerson Araújo da Fonseca e Rinaldo Márcio de Oliveira estão presos. Os suspeitos retiraram da conta de Daniel mais de R$ 100 mil, subtraíram os móveis da casa da vítima e levaram os objetos até a casa da mulher de Rinaldo.
Prisão
Rinaldo, o último suspeito envolvido no crime, foi preso em 14 de fevereiro, conforme noticiou o Correio em primeira mão. O criminoso foi detido na Bahia, a 100km de distância de Salvador.
Segundo apontaram as investigações, o mentor do sequestro e assassinato de Daniel foi Benevaldo. Rinaldo, por sua vez, teria auxiliado no crime, inclusive na execução da vítima. Rinaldo é o mesmo que aparece em imagens das câmeras de segurança colhidas pela polícia dirigindo a Amarok branca de Daniel logo após o sequestro.
Vestígios
O Correio apurou que, no dia em que a mulher de Rinaldo prestou depoimento à polícia, sobre o desaparecimento de Daniel, ele usou um UP vermelho para chegar ao local, o mesmo utilizado pelos criminosos na noite do sequestro. Para evitar qualquer desconfiança, ela estacionou o veículo no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), mas o carro acabou sendo apreendido pelos policiais.
A hipótese de que Daniel esteja morto veio após a constatação da presença de manchas de sangue no assoalho e no banco traseiro do UP. O Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) e os peritos criminais realizaram os exames e coletaram os vestígios necessários, concluindo-se que aquele sangue pertencia a Daniel.
O laudo pericial atestou, ainda, que as manchas não eram compatíveis com algum ferimento experimentado dentro do carro, o que sugere que o empreiteiro foi morto em outro local e transportado no veículo para um endereço ainda desconhecido. Para os investigadores, a vítima foi enterrada em alguma área de mata na região de Goiás.
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