BRASÍLIA 63 ANOS

Renato Matos e Nicolas Behr relembram momentos marcantes vividos na capital

Ao Podcast do Correio, o cantor e compositor Renato Matos e o poeta Nicolas Behr falam sobre a história cultural de Brasília, cidade que conquistou seus corações

Mariana Saraiva
postado em 06/04/2023 03:00
 (crédito:  Benjamin Figueiredo/CB/D.A Press)
(crédito: Benjamin Figueiredo/CB/D.A Press)

A Brasília de cada um, a Brasília Nossa! Este foi o tema do Podcast do Correio desta quarta-feira (5/4) com o cantor e compositor Renato Matos e o poeta Nicolas Behr, em comemoração aos 63 anos da capital. Ao jornalista José Carlos Vieira, os artistas icônicos lembraram momentos marcantes da história cultural da cidade, como o Concerto Cabeças, os shows no Teatro Nacional e o amadurecimento da identidade cultural brasiliense.

Dos encontros com Cassia Eller no bar Bom Demais, na Asa Norte, aos agitos do Beirute da 109 Sul, Renato e Nicolas tinham muita história para contar. "A noite, eu ia tocar no Bom Demais, com Cassia Eller, e estava assistindo Renato Russo, assim como todo mundo dessa época; quando terminava o show, eu ia para um boteco chamado Caco de Cuia na 408 Sul", destaca Renato.

Ao lembrar da época de juventude, Nicolas conta que o movimento musical da cidade era espontâneo. "Brasília é uma cidade única e diferente, que não dá para comparar; e esse pessoal (da cultura) assumiu Brasília como musa e inspiração, como nas letras de Renato e nas minhas poesias. Na época, tudo conspirava a favor, éramos jovens, disponíveis e tínhamos como objetivo derrubar a censura."

Nicolas chegou à capital em 1974. "Aqui não tinha essa arborização, era uma cidade pequena e começando. É um privilégio chegar a um local que está começando, isso é para poucos". O poeta contou que no começo sentiu um estranhamento com a cidade e a poesia foi a forma que ele encontrou para entender Brasília.

Os dois pioneiros lançaram recentemente a música Rodofernalha. Composta por Renato com trechos de poemas de Nicolas sobre a cidade que conquistou o coração dos artistas. "Viajei (de Salvador) três dias de ônibus para chegar aqui, com um bocado de quadros pintados, para fazer uma exposição, quando cheguei à Rodoviária e vi aquele monte de televisão eu me senti no futuro, numa cidade de Flash Gordon, e estou aqui até hoje", relembrou Renato.

Veja o Podcast do Correio completo:

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE