Às vésperas da Campus Party Brasília deste ano, o Pevepê — podcast de games do Correio — conversou com o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, Gustavo Amaral, e com o CEO do evento, Tonico Novaes. O festival é considerado o maior evento de tecnologia do Brasil e sua quinta edição na capital ocorrerá entre os dias 5 e 9 de abril de 2023, no Estádio Mané Garrincha.
A feira envolve empreendedorismo, games e entretenimento e contará com diversas atividades capazes de firmar o cenário da tecnologia, inovação e conexão de atores locais à uma esfera nacional. Palestras com influenciadores e bancadas comunitárias irão compor a programação. Este ano, a expectativa é reunir mais de 70 mil pessoas durante os cinco dias de atividade.
A parceria entre a Campus Party e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), segundo Novaes, está sendo de sucesso e o CEO não poupou elogios para a cidade. "Acho que o evento sediado em Brasília tem uma similaridade ao que a South by Southwest possui em Austin, nos Estados Unidos. São cidades com características parecidas que cedem eventos de ciência, inovação e disruptividade e criam uma liga diferenciada. Nós já vamos para Brasília com o gostinho de que vai ser a maior edição do ano", disse.
O universo criativo e diversificado dos games, ligado à função social intrínseca a ele, será a principal discussão da Campus Party em Brasília como explica o secretário Gustavo Amaral. "A diretoria para jogos eletrônicos na SECTI, autorizada pelo governador Ibaneis Rocha, já estava nos meus planos desde que recebi o convite para entrar na Secretaria. É um dos temas mais inovadores e importantes para nós".
Tonico complementa dizendo que o evento abraçou a proposta do GDF e que é necessário abrir a mente em relação a esse mercado, que é, atualmente, o segundo que mais cresce no mundo.
A edição do Pevepê também comentou sobre e-sports serem ou não considerados esportes, após a fala da ministra do Esporte, Ana Moser, no mês de janeiro: "Ao meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. O atleta de e-sports treina, mas a Ivete Sangalo também treina para dar shows, e ela não é atleta, ela é uma artista que trabalha com entretenimento".
O CEO da Campus Party comparou a situação dos e-sports com a adaptação social que outros esportes tiveram ao longo dos anos. "No passado, quem andava de skate era descriminalizado. Hoje, tá nas Olimpíadas. Surf, xadrez. Estamos passando por um momento em que a velocidade de processamento das tecnologias e inovações é duplicada a cada ano, e o e-sport está crescendo muito. Não tem como parar isso, não vai parar. As pessoas são gamers independentemente da idade, assim como nos outros esportes. Não duvido que os e-sports já estejam presentes nas próximas Olimpíadas", explicou Tonico Novaes.
Os apresentadores Khalil Santos e Gustavo Macedo fizeram Amaral e Novaes mergulharem na nostalgia dos jogos de antigamente. Para o CEO da Campus Party, o Enduro e Mario Bros Jr. foram os jogos que mais marcaram a infância dele. Já para o secretário da Tecnologia, o Counter Strike foi a paixão da adolescência. "Era difícil ter computadores em casa naquela época, né? Nisso, eu e meus amigos íamos para uma Lan House e passávamos o dia lá jogando. Eu era viciado", disse.
E acredite se quiser, os controles não estão enferrujados: no final do podcast, o secretário indicou 'Fortnite' aos ouvintes. "É o que eu mais jogo no momento", revelou. Tonico, por outro lado, indicou "um outro jogo muito legal, um truco e uma cervejinha".
*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes
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